A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que determinou a prisão do general da reserva do Exército, Braga Netto, que é ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo Bolsonaro, e candidato a vice-presidente na chapa derrotada em 2022, relata que o referido general “repassou diretamente ao então Major RAFAEL DE OLIVEIRA, dinheiro em uma sacola de vinho, que serviria para o financiamento das despesas necessárias a realização da operação”.
A referida “operação” citada na decisão de Moraes, refere-se á ação delituosa que tinha o objetivo de promover recursos financeiros para execução de monitoramento de alvos e planejamento de sequestros e, possivelmente, homicídios do presidente Lula (PT), seu vice, Geraldo Alckmin (PSB) e do próprio ministro Alexandre de Moraes.
Braga Netto foi preso na manhã de hoje em Copacabana, no Rio de Janeiro, por meio de uma operação da Polícia Federal, em cumprimento a decisão do STF.
O ex-candidato a vice de Bolsonaro é alvo da investigação que apurou a existência de uma organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder.
Em 19 de novembro deste ano, a Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe, para desarticular a organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito nas Eleições de 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário.
As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE).
De acordo com o STF, a operação denominada pelos investigados de “Copa 2022”, tinha por finalidade monitorar e eventualmente prender ou assassinar figuras-chave, como o ministro do STF Alexandre de Moraes, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, visando impedir a posse no cargo.
Confira a decisão que autorizou a prisão de Braga Netto.
Nota da PF neste sábado (14)
Brasília/DF. A Polícia Federal cumpre, na manhã deste sábado (14/12), mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em face de investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022.
Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.
As medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas.