A recente decisão do Secretário de Administração do Estado da Paraíba, Carlos Tibério Limeira Santos Fernandes, provocou indignação na população de Conceição ao comprometer diretamente o funcionamento de serviços essenciais, como o SAMU, que utiliza o imóvel cedido para abrigar sua garagem e estrutura de apoio.
Sem qualquer consulta ao município, o secretário cedeu o imóvel em questão para a Sociedade Artística Educadora, uma entidade que, segundo informações, não realiza atividades no município há pelo menos uma década e cuja existência prática se restringe ao papel. Essa ação, claramente conduzida por interesses políticos, coloca em risco a continuidade de serviços de saúde de emergência que salvam vidas diariamente.
A garagem do SAMU, que depende do imóvel para a manutenção e operação das ambulâncias, é fundamental para garantir o atendimento rápido e eficaz à população. Com a decisão de cessão, a estrutura agora encontra-se sob ameaça, deixando o município sem alternativas para manter o serviço sem grandes prejuízos.
Além disso, a associação beneficiada pela medida possui vínculos com membros da família Braga, conhecidos pela influência política na região. Há indícios claros de que a decisão foi motivada por pressões políticas e não por uma análise técnica ou pelo interesse público. Tal medida desconsidera completamente os princípios de eficiência e moralidade que deveriam guiar a administração pública.
A decisão também desrespeita a autonomia municipal, ignorando a relevância do imóvel para serviços públicos essenciais e desprezando as reais necessidades da população. A justificativa apresentada, de que o local seria destinado a atividades culturais, não se sustenta diante do histórico de inatividade da associação beneficiada.
A população de Conceição e os gestores municipais agora enfrentam um grave impasse, sem alternativas imediatas para realocar os serviços do SAMU e outros departamentos que utilizavam o espaço. Essa decisão arbitrária coloca vidas em risco e prioriza interesses políticos sobre o bem-estar da comunidade.
Apelo à Reversão
Para a administração municipal, é urgente que as autoridades competentes revisem essa decisão e priorizem o interesse público. Segundo a administração, o SAMU não pode ser prejudicado por jogos de poder e negociações políticas que desconsideram a importância da saúde pública. O imóvel deve continuar a serviço da população, garantindo a continuidade dos serviços que dependem dele.
“A sociedade civil precisa se mobilizar para exigir transparência e responsabilidade no uso do patrimônio público, especialmente quando ele é essencial para salvar vidas. É inaceitável que a saúde dos cidadãos de Conceição seja colocada em segundo plano para atender interesses privados e políticos”, ressaltou um dos funcionários ligados à pasta.