Uma adolescente foi estuprada pelo próprio irmão, de 19 anos, e acorrentada pelos pais para que nenhuma denúncia fosse feita. O caso foi investigado pela Polícia Civil de Pernambuco, através do Departamento de Proteção à Criança e aos Adolescente (DPCA). O fatqo ocorreu em Recife
De acordo com a Polícia Civil, os pais da vítima a acorrentaram logo após ela relatar que havia sido estuprada pelo irmão paterno. Os responsáveis pela jovem não acreditaram na história contada sobre e a agrediram fisicamente e a acorrentaram para que ela não fosse para a delegacia denunciar as agressões e o estupro, como também para as lesões desaparecerem.
A polícia instaurou um inquérito para apurar a denúncia de maus tratos. Segundo a apuração das autoridades, a adolescente passou uma semana acorrentada, sendo agredida, ameaçada e xingada.
Ela só era solta para arrumar a casa, tomar banho e fazer as necessidades fisiológicas e, logo em seguida, era acorrentada novamente, enquanto era monitorada por câmera de segurança.
Após as lesões do castigo físico desaparecerem, a adolescente retornou à escola e conseguiu passar para a professora, imagens que a genitora fez, registrando as agressões.
A professora acompanhou a adolescente até a Delegacia Especializada de Crimes Contra Criança e Adolescente (DECCA), onde foi instaurado o inquérito policial. Os genitores e o irmão da vítima foram presos.
“[Os pais] bateram muito nas pernas, no tronco… Os pais exigiam que ela falasse a verdade que eles acreditavam — que ela tinha consentido a relação com o irmão —, quando, na verdade, o fato foi um estupro”, disse o delegado Geraldo Costa.
A vítima permaneceu uma semana acorrentada, sendo agredida, ameaçada e xingada enquanto era monitorada por uma câmera de segurança. Ela só era solta para limpar a casa, tomar banho e usar o banheiro, sendo acorrentada novamente em seguida, segundo a investigação.
Ainda de acordo com o delegado, os pais só acreditaram na versão da filha cerca de duas semanas após o crime. “Eles procuraram a delegacia e registraram o estupro, mas obrigaram ela a não revelar que tinha sido acorrentada nem espancada, já que as lesões tinham sumido”, afirmou.
Diário de Pernambuco