Após Ucrânia entrar na Rússia, Putin fala em ‘grande provocação’ e acusa ataque a alvos civis. Nesta quarta-feira (7), a Ucrânia atravessou a fronteira da Rússia, mas segundo o chefe militar russo Valery Gerasimov, a ofensiva foi contida.
Mais cedo, quando o Kremlin anunciou que estava travando “intensas batalhas” na região de Kursk, na fronteira, o presidente russo, Vladimir Putin, chamou a invasão de uma “grande provocação” e acusou as forças ucranianas de dispararem “indiscriminadamente” contra alvos civis na região.
“O regime de Kiev empreendeu uma nova provocação em larga escala, disparando indiscriminadamente com diversos tipos de armas, incluindo foguetes, contra edifícios civis, casas e ambulâncias”, afirmou Putin no início de uma reunião governamental exibida pela televisão russa.
Imagens não verificadas de casas bombardeadas chegaram a ser enviadas em canais do Telegram.
Segundo a agência de notícias Reuters, Alexei Smirnov, o governador em exercício da região de Kursk, disse que houve vítimas, mas não deu um número exato, e pediu aos cidadãos que doassem sangue. Ele disse que um drone de ataque ucraniano atingiu uma ambulância fora da cidade, matando o motorista e um paramédico e ferindo um médico.
De acordo com a agência AFP, com informações de autoridades locais, milhares de pessoas deixaram a região devido aos combates e bombardeios, que deixaram pelo menos cinco mortos e 28 feridos entre os civis.
Sudzha, na região do conflito, é o último ponto de transbordo operacional para exportações de gás russo para a Europa via Ucrânia. A apenas 60 km de distância, a nordeste, fica a usina nuclear russa de Kursk.
Kiev mantém silêncio sobre a operação.
Vladimir Putin
Putin é um político russo e ex-oficial de inteligência que atua como presidente da Rússia desde 2012. Putin ocupou cargos contínuos como presidente ou primeiro-ministro desde 1999: como primeiro-ministro de 1999 a 2000 e de 2008 a 2012, e como presidente de 2000 a 2008. Ele é o líder russo ou soviético mais antigo desde Josef Stalin.
No seu quarto mandato presidencial, lançou uma invasão significativa da Ucrânia em fevereiro de 2022, que suscitou condenação mundial e levou a sanções internacionais. Em setembro de 2022, anunciou uma mobilização parcial e anexou à força quatro oblasts ucranianos à Rússia. Em março de 2023, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Putin por crimes de guerra relacionados com a sua alegada responsabilidade criminal por raptos ilegais de crianças durante a guerra ucraniana. Em junho de 2023, sobreviveu à rebelião do Grupo Wagner.
Sob a liderança de Putin, a Rússia sofreu um retrocesso democrático e uma mudança para o autoritarismo. O seu governo foi marcado por corrupção endêmica e violações generalizadas dos direitos humanos, incluindo a prisão e repressão de opositores políticos, intimidação e censura dos meios de comunicação independentes e a falta de eleições livres.
A Rússia de Putin tem recebido consistentemente pontuações baixas no Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional, no Índice de Democracia da The Economist, no índice de LFreedom in the World da Freedom House e no Índice de Liberdade de Imprensa da Repórteres Sem Fronteiras. Putin é o presidente russo que ficou mais tempo no poder e o segundo presidente europeu por tempo de permanência, depois de Alexander Lukashenko, da Bielorrússia. (Wikipedia)
Fonte: Mônica Melo/Redação ClickPB