Em janeiro de 2020, mãe, pai e filho foram roubados, mortos e tiveram seus corpos queimados no ABC Paulista. O julgamento apontou que o assassinato de Romuyuki Veras Gonçalves, Flaviana de Meneses Gonçalves e Juan Victor Gonçalves foi encomendado por Anaflávia Gonçalves, filha do casal e irmã de Juan.
O Linha Direta desta quinta-feira (2) reviveu os detalhes do caso e Dona Vera, avó materna de Anaflávia, esteve nesta sexta-feira (3) no Encontro com Patrícia Poeta e falou sobre o sofrimento que vive desde que a família foi assassinada.
“Foi um susto. Me tirou do chão. Eu queria pensar que foi outra pessoa, uma outra pessoa, a dor seria menor. Eu ia sentir a morte deles, lógico, mas eu acredito que ia ser menos do que a minha neta, meu sangue. Eu nem desconfiei”
Dona Vera teve filha, genro e neto assassinados — Foto: Globo
Dona Vera defende que não tem mais nenhuma relação com a neta. “Com a Anaflávia eu não tem mais sentimento nenhum. Ela não é mais nada minha. Eu só quero justiça dela e dos quatro, né? Porque foram cinco (suspeitos). Mas a pior foi ela, porque os outros não mataram pai, mãe e irmão. Ela matou pai, mãe e irmão”, disse.
A avó também falou sobre a frieza de Anaflávia no velório dos pais e do irmão. À época, a jovem ainda não era suspeita do crime. “Uma pedra de gelo tem mais sentimento do que ela. Até hoje eu falo, a gente sente o gelo, ela não. Ela agiu naturalmente, como se nada tivesse acontecido. Chorando fazendo cena. Eu choro de tristeza e dor, ela fazendo cena”, disse.