A Polícia Civil da Paraíba concluiu nesta quinta-feira (14) o inquérito sobre a morte do estudante Ramon Pedro de Sousa, de 25 anos. Ao portal Vale do Piancó Notícias, o delegado Rafael Miranda Bianchi, responsável pelo caso, afirmou que o jovem foi morto com dois disparos na sobrancelha direita. O caso aconteceu em 5 de dezembro, em Uiraúna, no Sertão da Paraíba. No depoimento, o suspeito apresentou, de forma escassa, uma versão, alegando que no momento que estava indo buscar o cooler na rua, teria visto um objeto na mão da vítima, mas não quis responder a nenhuma pergunta, afirmando apenas que só irá se pronunciar na Justiça.
Segundo o delegado, o cooler era do policial militar suspeito do crime e as mulheres que estavam no local teriam ficado na calçada, enquanto o suspeito teria ido para dentro sua residência, deixando a caixa térmica na calçada, uma vez que ninguém o teria auxiliar a levá-la para dentro do imóvel. Preocupadas, as mulheres teriam gritado para que o policial voltasse para pegar a caixa, afirmando que alguém poderia roubar o objeto.
No vídeo de câmeras de seguranças instaladas no local, é possível ver quando a vítima passa pela caixa térmica que estava na sua, em seguida passa pelas mulheres, que estavam indo em direção da caixa térmica. Em seguida, a câmera mostra que o policial aparece nas imagens com uma arma em punho e vai ao encontro Ramon Pedro, que era uma única pessoa que se encontrava na rua, naquele momento, que era vítima.
Logo em seguida, as imagens mostram que a vitima não esboçou nenhuma reação e foi alvejada com os disparos, que lhe causou morte imediata.
O policial militar foi indiciado por homicídio doloso qualificado por motivo fútil e por recurso que dificultou a defesa da vítima. Foram indiciadas também as mulheres que aparecem no vídeo da câmera de segurança, suspeitas de omissão de socorro e favorecimento pessoal. O caso agora vai ser analisado pela Justiça.
Segundo Rafael Mirando Bianchi, as mulheres afirmaram em um primeiro momento que não conheciam a vítima, mas afirmaram que todas estavam na festa com o suspeito do crime. Também estava envolvida no crime uma terceira mulher, que era prima da esposa do policial, e não aparece nas imagens.
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