Marilene da Silva Ramos, acusada de matar a companheira com 95 golpes de faca, Gillimara Santos da Costa, de 35 anos, no bairro de Gramame, em João Pessoa, foi condenada a mais de 67 anos de prisão pelo crime. O júri popular ocorreu nesta quinta-feira (23) na 1° do Tribunal do Júri da capital. As duas estavam juntas há cerca de 5 anos na época do crime, em março de 2021 e no momento da prisão Marilene confessou ter matado a vítima antes de ser entregue à polícia por outro homicídio.
A sentença foi lida no final da noite, após mais de 8 horas de julgamento. Marilene vai responder a 67 anos, 2 meses e 20 dias de prisão pelo feminicídio qualificado de Gillimara Santos e por duas tentativas de homicídio qualificado contra a mãe e sobrinho da vítima.
No julgamento, o júri decidiu que outros crimes qualificadores foram acrescidos: Motivo fútil, emprego de veneno, meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vitimas.
Relembre o caso
Gillimara Santos da Costa foi morta com 95 golpes de faca, em João Pessoa — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução
Marilene da Silva, de 45 anos, é suspeita de matar a companheira com golpes de faca, no bairro de Gramame, em João Pessoa, na manhã do dia 20 de março de 2021. Segundo informações da Polícia Civil, ela também teria dopado uma idosa, mãe da vítima, e uma criança de sete anos. Câmeras de segurança flagraram ela saindo tranquilamente do prédio onde o crime aconteceu com duas sacolas.
Segundo relato de uma vizinha, no sábado, a mãe da vítima começou a gritar pedindo socorro por volta das 5h, dizendo que estavam matando a filha dela. De imediato, ela acionou a polícia.
Outro vizinho, socorreu a criança, que disse que estava passando mal depois de tomar um suco de maracujá. A criança teria relatado também que estava vendo mais de uma pessoa e não sentia as pernas.
Mulher é suspeita de matar companheira e dopar mãe da vítima e uma criança de 7 anos, em João Pessoa — Foto: Walter Paparazzo
A suspeita foi presa no dia 22 de março de 2021, no bairro Vila Cabral de Santa Terezinha, em Campina Grande.
A delegada de Homicídios de Campina Grande, Suelane Guimarães, que participou da prisão, explicou que a suspeita confessou o crime e disse que há dois anos vinha sendo chantageada e ameaçada pela companheira, que dizia que ia entregá-la à polícia por causa de um mandado de prisão de homicídio cometido no Rio Grande do Norte.
G1