Uma jovem comerciante de 28 anos denunciou na Delegacia da Mulher de Cajazeiras e ao Conselho Tutelar o padrinho das suas filhas, um aposentado de 79 anos, por abuso sexual e estupro de vulnerável. Segundo ela, o suspeito estava abusando sexualmente da afilhada de apenas 8 anos de idade.
A mulher relatou ao repórter Elmo Lacerda, da TV Diário do Sertão, que nunca suspeitou do homem, principalmente porque ele era bastante religioso e, aparentemente, “sempre tratou elas muito bem”. Pelo fato de confiar nele, ela deixava as filhas dormirem na casa do padrinho de vez em quando, e era nessas ocasiões que ele cometia os abusos.
Os abusos vieram à tona há cerca de 15 dias, quando a criança contou para a cunhada e a avó. Só depois é que a mãe ficou sabendo, pois a menina tinha vergonha de contar para ela.
“Quando eu soube, a minha vida naquele momento caiu. Se o que aconteceu com ela tivesse acontecido comigo, eu iria saber me defender. Por ser mulher, eu iria atrás também da justiça, eu iria fazer ele pagar por isso. Mas, infelizmente, ele mexeu com a minha filha”, relata a mãe.
Além de ser comerciante autônoma, a mãe também fazia faxina na casa do suspeito de vez em quando. Ela contou que a filha começou a dar sinais de que algo estava errado porque a criança não queria mais ficar na casa do suspeito e pedia para ir para a casa da avó.
“Eu deixei minhas filhas com esse indivíduo pelo fato de elas querer assistir na casa dele. A todo momento ele sempre tratou elas muito bem, comprava as coisas. Mas aí ele já estava articulando um plano de nos trazer para perto dele. Inclusive, eu trabalhava na casa do sujeito”, conta a mãe.
A menina contou à mãe e à delegada que o idoso também pretendia abusar da irmã dela, de 7 anos de idade. “Eu não quero exposição, eu quero apenas a justiça. Eu estou trabalhando, levando a minha vida, mas por dentro de mim tem uma ferida que não vai cicatrizar”, diz a mãe.
A jovem faz um apelo para que a justiça seja feita rapidamente. “Eu quero que ele passe os últimos dias dele pagando pelo crime que ele cometeu.”
Até esse momento, o suspeito ainda não havia sido preso. Mas a delegada da Delegacia da Mulher de Cajazeiras, Yvna Cordeiro, disse que todos os procedimentos necessários ao caso foram tomados no dia da denúncia.
Diário do Sertão