Jarras de vinho datadas de 5.000 anos atrás foram descobertas junto ao túmulo de Meret-Neith, considerada a primeira rainha do Egito Antigo. As escavações, lideradas pela arqueóloga Christiana Köhler, da Universidade de Viena, ocorreram na localidade de Abidos.
Segundo a acadêmica, alguns recipientes estavam bem preservados e ainda selados. No entanto, o conteúdo já não é mais líquido, o que não permite determinar se era tinto ou branco.
O que esta descoberta acrescentará são duas coisas muito importantes: a primeira é o tipo de óleos usados (na mumificação) e sua composição química / Mohamed Abd El Ghany/Reuters
Acredita-se que o centro de sepultamentos, que tem mais de 2 mil anos, remonte ao período Saíta-Persa, aproximadamente entre 664-404 antes de Cristo / Mohamed Abd El Ghany/Reuters
“Encontramos muitos resíduos orgânicos, sementes de uva e cristais, possivelmente tártaro, e tudo isso está sendo analisado cientificamente. É provavelmente a segunda evidência direta mais antiga do vinho”, explicou Christiana, conforme reportado pelo jornal New York Post. A primeira também veio à luz na mesma região.
A primeira rainha do Egito
Até onde a arqueologia chegou, Meret-Neith foi a única mulher sepultada em túmulo monumental próprio, no cemitério real de Abidos.
Antecessora da rainha Hatshepsut, ela era responsável por diversos órgãos reais, como o tesouro, por exemplo. “As novas escavações trazem à luz novas informações interessantes sobre esta mulher única e seu tempo”, avaliou Köhler.