A Paraíba registrou um aumento de 81% na quantidade de casos de esporotricose, uma enfermidade popularmente conhecida como ‘doença dos gatos’ e que provoca lesões na pele. Os dados foram confirmados ao ClickPB nesta terça-feira (17) pela Secretaria de Estado de Saúde da Paraíba (SES).
Como apurado pelo ClickPB, de janeiro a 20 de setembro de 2022 a Paraíba havia contabilizado 237 casos notificados e uma morte. No mesmo período deste ano, foram 431 casos e uma morte.
O ClickPB observou junto ao Ministério da Saúde que a esporotricose atinge os humanos após contato (mordidas ou arranhões) com gatos infectados por um fungo do gênero Sporothrix, que entra no organismo por meio de feridas na pele.
O fungo também foi entrar nos humanos após trauma e acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira ou contato com vegetais em decomposição. Veja abaixo quais as principais formas clínicas da doença em humanos.
- Esporotricose cutânea: caracteriza-se por uma ou múltiplas lesões, localizadas principalmente nas mãos e braços;
- Esporotricose linfocutânea: é a forma clínica mais frequente; são formados pequenos nódulos, localizados na camada da pele mais profunda, seguindo o trajeto do sistema linfático da região corporal afetada. A localização preferencial é nos membros;
- Esporotricose extracutânea: quando a doença se espalha para outros locais do corpo, como ossos, mucosas, entre outros, sem comprometimento da pele;
- Esporotricose disseminada: acontece quando a doença se dissemina para outros locais do organismo, com comprometimento de vários órgãos e/ou sistemas (pulmão, ossos, fígado).
Tratamento
O ClickPB notou, com base em dados do Ministério da Saúde, que para confirmação do diagnóstico da doença, o paciente deve procurar ajuda médica quando notar o aparecimento de lesões sem explicação aparente pelo corpo. Após isso, ele será submetido a exames.
Após a confirmação, os pacientes recebem tratamento com o medicamento Itraconazol, um antifúngico específico, fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento pode durar entre três meses e até um ano e é feito nas Unidades Básicas de Saúde.
Na Paraíba, a SES informou que casos mais graves de esporotricose são atendidos no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) em João Pessoa.
Fonte: Halan Azevedo/Redação ClickPB