O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) anunciou que vai apurar como se deram os assassinatos dos dois policiais militares e de outras seis pessoas, todas da mesma família, em Camaragibe, no Grande Recife, e Paudalho, na Zona da Mata. Uma das vítimas transmitiu a própria morte ao vivo pelas redes sociais, enquanto homens encapuzados atiravam nela e em dois irmãos.
Em nota, o MPPE disse que foram instaurados dois procedimentos investigatórios criminais. Laudos periciais e outros documentos relacionados às investigações foram solicitados a cinco órgãos:
À Chefia da Polícia Civil;
Ao Comando da Polícia Militar;
Ao Instituto de Criminalística;
Ao Instituto de Medicina Legal;
E à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco.
No MPPE, estão atuando em conjunto o Grupo de Atuação Conjunta Especial (Gace), o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a 1ª Promotoria Criminal de Camaragibe.
Entenda o caso
O primeiro crime ocorreu por volta das 21h da quinta-feira (14). Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), a Polícia Militar recebeu um chamado do disque-denúncia de que haveria pessoas armadas em cima de uma laje, no bairro de Tabatinga, em Camaragibe.
Após chegar no local, dois policiais foram baleados na cabeça e morreram:
Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos: soldado do 20º Batalhão da Polícia Militar;
Rodolfo José da Silva, de 38 anos: cabo do 20º Batalhão da PM.
Uma grávida e um adolescente também foram atingidos no tiroteio. Ambos foram socorridos para o Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, no Recife, e seguiam internados até a sexta-feira (14).
Alex da Silva Barbosa, de 33 anos, foi apontado pela polícia como o suspeito de matar os dois policiais. Ele não tinha antecedentes criminais, era registrado como CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) e portava uma arma registrada de tiro esportivo.
Sequência de assassinatos começou na noite de quinta (14) e seguiu até a manhã de sexta (15) — Foto: Arte/g1
Familiares mortos
Por volta das 2h da sexta, homens encapuzados atiraram em três irmãos de Alex, também no bairro de Tabatinga:
Agata Ayanne da Silva, de 30 anos, que transmitiu o crime pelo Instagram;
Amerson Juliano da Silva, de 25 anos;
e Apuynã Lucas da Silva, de 25 anos.
Agata e Amerson faleceram no local do crime. Apuynã foi levado para o Hospital da Restauração, mas também morreu.
Familiares mortos
Por volta das 2h da sexta, homens encapuzados atiraram em três irmãos de Alex, também no bairro de Tabatinga:
Agata Ayanne da Silva, de 30 anos, que transmitiu o crime pelo Instagram;
Amerson Juliano da Silva, de 25 anos;
e Apuynã Lucas da Silva, de 25 anos.
Agata e Amerson faleceram no local do crime. Apuynã foi levado para o Hospital da Restauração, mas também morreu.
Na manhã da sexta, a mãe de Alex, Maria José Pereira da Silva, e a companheira dele, Maria Nathalia Campelo do Nascimento, 27 anos, foram encontradas mortas em um canavial na cidade de Paudalho, município da Zona da Mata Norte.
Às 11h do mesmo dia, Alex foi localizado em Tabatinga pela Polícia Militar. Ele trocou tiros com o efetivo e foi morto. Dois policiais ficaram feridos, um no pescoço e o outro, no braço.
Na tarde de sexta (13), a Secretaria de Defesa Social anunciou que o delegado Ivaldo Pereira, do Grupo de Operações Especiais (GOE), foi escolhido para investigar todas as mortes.