Cinco pessoas foram presas nessa quinta-feira (17) suspeitas de participar do assassinato e ocultação de cadáver do produtor rural Luiz Weber Antony de Faria Júnior, de 60 anos, que era mais conhecido como Júnior de Nereida e vivia em Itaporanga, município do Sertão da Paraíba. As prisões aconteceram em meio a Operação Cobiça, com participação das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros da Paraíba. A justiça havia expedido seis mandados de prisão e dez de busca e apreensão, de forma que uma pessoa segue foragida.
De acordo com o delegado Paulo Ênio, responsável pelo caso, oito dos mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Itaporanga, um em Boa Ventura e um em João Pessoa. Já sobre o mandado de prisão não cumprido, ele diz que o alvo é considerado foragido e que a polícia espera prendê-lo em breve.
Paulo Ênio confirmou ainda que todas as prisões e buscas fazem parte das investigações em torno do desaparecimento, do assassinato e da ocultação de cadáver de Júnior de Nereida. Na ação, foram apreendidas uma espingarda e um revólver calibre 38 em residências de suspeitos. Foram apreendidos ainda um veículo, dinheiro e celulares. E, o que é mais importante para o caso, na casa de um dos suspeitos foi encontrada uma motosserra de propriedade da vítima.
Júnior de Nereida havia desaparecido em agosto de 2022, mas o corpo só foi encontrado em abril deste ano pela filha da vítima, próximo a uma casa abandonada em uma propriedade que pertence à família. Segundo o delegado, a vítima depois de morta teve o corpo esquartejado e ocultado.
Em 6 de julho de 2023, Marcus Ulisses de Paulo, identificado pela Polícia Civil da Paraíba como o principal suspeito do assassinato e da ocultação de cadáver da vítima, já havia sido preso no Ceará. Ele segue preso no município cearense de Juazeiro do Norte e já na época da prisão os policiais diziam que investigavam a existência de coautores do crime.
A defesa de Marcos Ulisses de Paulo nega a participação dele no crime. Por meio de nota, o advogado do suspeito disse que ele é amigo de infância da vítima, sem que houvesse motivos para o crime. Entre outros argumentos, questionou também a prova de que o chip da vítima estaria inserido no celular do suspeito.
Independente das alegações da defesa do principal suspeito, o delegado reafirma as suspeitas contra Marcus Ulisses. O objetivo agora é esclarecer a maneira concreta as circunstâncias que envolveram o o crime.
Redação com G1