Policial brasileiro que mora nos EUA entra para lista de procurados da Interpol após ser condenado por chacina em Fortaleza. — Foto: Interpol/Reprodução
Antônio José de Abreu Vidal Filho, sentenciado a 275 anos de prisão pela Chacina do Curió, foi preso pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) nos Estados Unidos, onde ele morava desde 2019.
Agora, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) expediu ofício comunicando ao Ministério da Justiça sobre o início dos trâmites internacionais junto ao Ministério das Relações Exteriores para que o condenado seja extraditado, ou seja, entregue ao Brasil.
A matança que ficou conhecida como Chacina do Curió aconteceu em novembro de 2015 em retaliação à morte de um policial. Onze pessoas, incluindo adolescentes, foram mortas por policiais militares em diversos pontos da região do Curió, periferia de Fortaleza. Outros 30 réus e 16 acusados ainda devem ser julgados.
Vidal Filho já havia entrado para lista de procurados da Interpol. O órgão comunicou, nesta segunda-feira (14), a prisão dele à 1ª Vara do Júri da Capital, ainda de acordo com as informações do TJCE.
Testemunhas de defesa depõem no segundo dia de julgamento da Chacina do Curió em Fortaleza. — Foto: Fabiane de Paula/SVM
Antônio José de Abreu Vidal Filho e outros 3 réus foram condenados em sessão do Tribunal do Júri, conduzida por colegiado de juízes, a 275 anos e 11 meses de prisão, cada um deles, em regime inicialmente fechado, no caso que ficou conhecido como “Chacina do Curió”.
O TJCE ainda vai realizar duas novas sessões de júri, que começam nos próximos dias 29 de agosto e 12 de setembro. Em cada uma delas, oito acusados serão julgados pelo Conselho de Sentença (jurados) da 1ª Vara do Júri de Fortaleza.