A Polícia Civil indiciou um professor que, por quase 10 anos, ministrou aulas em escolas públicas e particulares com diplomas falsos da graduação e mestrado em matemática, em Andradina, no interior de SP. O inquérito foi concluído na terça-feira (8). O delegado responsável pelo caso, Tadeu Aparecido Carvalho, informou a imprensa que o crime foi denunciado por uma universidade de Maringá (PR), onde o professor havia prestado processo seletivo para lecionar as aulas no começo deste ano.
A identidade do suspeito, de 32 anos, não foi revelada.Conforme o delegado, os diplomas constavam que o professor concluiu a graduação e o mestrado em matemática na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), sediada em Três Lagoas, em 2006 e 2008 (veja também no topo da reportagem).
Durante a investigação, a Polícia Civil questionou a universidade sobre o diploma deste professor, que informou que os documentos eram falsos e que o suspeito não constava na lista de formandos, apesar de ter estudado no local.Ainda segundo o delegado, desde 24 de março de 2014, o criminoso dá aulas em uma escola estadual em Andradina. Com o início das investigações, no início deste ano, o professor deixou de lecionar.
“A Secretaria Municipal de Ensino publicou no Diário Oficial para que pessoas que não fossem concursadas se inscrevessem para fazer a seleção para dar as aulas. Nesse caso, a Educação recebeu a candidatura deste professor. Depois de aprovado, a contratação é feita e a escola solicita os documentos, dentre eles o diploma. Então, ele apresentou o falso e passou a dar aula”, ressaltou o delegado.
Em 2021, segundo o delegado, o professor também foi contratado para dar aula em uma escola particular na cidade, com a apresentação destes mesmos documentos falsos e com o holerite que certificava o pagamento das aulas ministradas por ele na rede pública. A polícia cumpriu o mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça, na casa do professor, onde encontrou os diplomas falsos.
Durante o depoimento, o delegado informou que o suspeito negou o crime. Com o inquérito concluído por uso de documento falso, cabe ao Ministério Público decidir se oferece ou não a denúncia para a Justiça. A pena para este crime é de três a seis anos de prisão.
Em nota ao portal g1, a pasta informou que a Diretoria de Ensino de Andradina abriu um Processo Administrativo para apurar os fatos e está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. O professor não faz mais parte do quadro de servidores.
Fonte: G1