A mãe de Nataly Gabrieli da Silva de Souza, assassinada pelo próprio namorado com 14 facadas, relatou para a polícia que a filha era vítima de agressões físicas quando ainda estava grávida. A jovem de 18 anos morreu no último sábado (1º), em Campo Grande, com a filha de 1 ano no colo.
A mulher descreveu o genro como “ciumento, violento e controlador’ e que os dois brigavam bastante. Disse que ainda que a filha sempre aparecia com hematomas pelo corpo, mas dava desculpas. O machucado mais recente foi um roxo no braço, que Nataly afirmou ter “batido na pia’ quando foi questionada pela mãe.
Conforme o registro policial, Nataly namorava com Cleber Correa Gomes, de 30 anos, desde quando a jovem tinha 14. Os dois moravam juntos há apenas quatro meses. A mãe afirmou que mesmo não denunciando Cleber, a filha sempre estava com semblante triste e por isso, a aconselhava a se separar.
De acordo com a mãe da jovem, ela não era permitida a entrar na residência do casal e que Nataly só a atendia no portão: “somente o parente de Cleber é que tinha autorização’. O abuso acontecia mesmo sendo a filha que sustentava a casa.
Cleber não falava com a sogra. Se a encontrava na rua, abaixava a cabeça e nem mesmo a cumprimentava. A mãe finaliza dizendo que só entrou na casa no dia do crime, após saber de tudo pela mãe de Cleber, que pediu desculpas.
Tentou fugir
Nataly foi morta a facadas na manhã deste sábado ao tentar fugir do marido, com a filha de 1 ano no colo. O crime aconteceu no bairro Dom Antônio Barbosa, em Campo Grande, e o suspeito, de 30 anos, foi preso pelo Grupo de Operações e Investigações (GOI).
Segundo a polícia, Nataly e o namorado, Cleber Correa Gomes, estavam dando uma festa em casa. Em determinado momento, os dois começaram a brigar e o suspeito pediu para os amigos fossem embora para conversar com a esposa.
Pouco depois, os vizinhos viram a vítima saindo correndo com a criança. Ela foi perseguida e assassinada com golpes de faca no pescoço.
O suspeito fugiu após o crime, mas foi preso escondido na casa da irmã e encaminhado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), onde o caso será investigado como feminicídio.
G1