Um homem foi solto nos Estados Unidos na última quinta-feira (15) após passar 28 anos no corredor da morte. A Justiça concluiu que Barry Lee Jones, de 64 anos, não feriu mortalmente a sua enteada, Rachel Gray, como antes havia sido defendido pela promotoria.
Jones foi condenado em 1995 por agressão sexual, abuso infantil e assassinato em primeiro grau da criança que na época tinha 4 anos. Segundo os promotores, o homem havia sido responsável pelas múltiplas lesões internas que resultaram na morte da menina.
Entretanto, uma reavaliação médica mostrou que os ferimentos da criança haviam sido causados até uma semana antes.
Assim, o tribunal distrital federal e o Nono O Tribunal de Apelações do Circuito concluíram que Jones teria direito a um novo julgamento. Contudo, a Suprema Corte dos EUA decidiu em 2022 que os tribunais federais não teriam poder para revisar o processo.
Por fim, um juiz do condado de Pima determinou que Jones fosse libertado após ele aceitar um acordo judicial que mudava sua condenação para homicídio culposo. Isso porque Barry não levou a menina ao hospital no dia anterior à morte, mesmo sabendo que ela não se sentia bem.
Dessa forma, a pena foi ajustada para 25 anos de prisão, que já foram cumpridas por ele.
– Jones passou quase três décadas no corredor da morte no Arizona, apesar das evidências convincentes de que ele era inocente das acusações de que havia agredido Rachel Gray mortalmente. Esperamos que Barry possa aproveitar o resto de sua vida em paz, cercado por sua família e amigos – declarou o defensor público federal Cary Sandman em nota.