Antes de ser morto, o empresário mineiro Samuel Eberth de Melo, 41 anos, foi visto em uma igreja e chegou a almoçar com os suspeitos do homicídio – um deles, o sócio, em quem ele confiava. As informações foram dadas pela delegada Marcela Ehler, responsável pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, que detalhou parte da investigação.
De acordo com a investigadora, vítima e suspeitos se encontraram e almoçaram no município de Dois Irmãos, próximo a Novo Hamburgo. A vítima desapareceu em 2 de junho, e a ocorrência foi registrada no dia seguinte.
“Eles se encontraram para resolver questões dos negócios e, dali em diante, pelo que nossa equipe apurou, almoçaram juntos, e os sócios atraíram a vítima até Santo Antônio da Patrulha. Não sabemos exatamente como isso aconteceu, se foi na promessa de que haveria veículo ali, ou outra coisa, mas a vítima foi atraída até aquele município”, explicou a delegada ao jornal O Tempo.
Ainda não se sabe como a vítima foi atraída para o local do assassinato. A investigação da Polícia Civil gaúcha ocorre com o auxílio de policiais mineiros, que forneceram informações sobre o empresário, contribuindo para o exame de papiloscopia.
O que ocorreu
Samuel foi encontrado morto, no último sábado (9/6), em uma região de mata próxima a Santo Antônio da Patrulha. O homem, responsável por uma concessionária multimarcas em Contagem (MG), havia viajado a negócios para o Rio Grande do Sul e estava desaparecido desde 2 de junho.
Samuel saiu de Belo Horizonte (MG) em 1º de junho a fim de cobrar uma dívida estimada em R$ 5 milhões. O cliente encomendou e recebeu 44 veículos da concessionária, mas não pagou o valor acordado com o empresário.
O último contato da vítima com a família ocorreu no dia seguinte, quando ele ligou para a namorada e disse não ter encontrado os carros em questão. No mesmo dia, câmeras de segurança registraram o empresário em um posto de gasolina em Tangará, município vizinho a Novo Hamburgo, onde ele parou para abastecer.
Desde então, Samuel não entrou mais em contato com familiares ou amigos. Por oito dias seguidos, 70 agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e do Corpo de Bombeiros foram mobilizados para encontrar o mineiro no litoral norte do Rio Grande do Sul, até o último sábado, quando o corpo foi localizado.
Na última terça-feira (6/6), um suspeito pelo desaparecimento de Samuel foi preso. Detalhes da prisão não chegaram a ser revelados pela polícia. O inquérito corre em sigilo.
Enterro
O corpo do empresário mineiro será enterrado em Belo Horizonte, na tarde desta segunda-feira (12/6), no bairro Nova Cintra.