O recifense Vitor Cabral Rocha, de 28 anos, foi extraditado pela Polícia Federal de Portugal, onde havia sido detido em janeiro. Rocha foi condenado a 20 anos de prisão por homicídio e tráfico de drogas em 2018.
O voo trazendo o criminoso chegou na sexta-feira (25), por volta das 22h, no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre, mas a extradição foi divulgada na noite deste sábado (27).
Ele foi trazido escoltado por policiais federais e levado ao Instituto de Medicina Legal (IML), onde realizou o exame de corpo de delito. Em seguida, foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde fica à disposição da Justiça.
De acordo com a PF, o foragido era procurado pela Interpol e foi preso no dia 4 de janeiro deste ano, pelos agentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Apesar de ser preso em Lisboa, o fugitivo vivia em Peniche, na região central de Portugal. Ele estava desde 2018 no país, em situação ilegal, morava com uma namorada e chegou a trabalhar como salva-vidas na região do Algarve.
Segundo a PF, o criminoso integrava uma quadrilha e foi condenado pela morte de outro integrante, no Recife, no dia 1º de março de 2018.
Rocha foi o motorista que levou os outros envolvidos no crime até a casa da vítima, que foi raptada, assassinada a tiros e teve o corpo jogado no rio Beberibe.
Segundo a PF, o cadáver foi localizado três dias depois do crime, já em estado de decomposição. O crime teria sido motivado por vingança, já que a vítima teria roubado 19 kg de skunk e R$ 10 mil do grupo.
Todos os integrantes da quadrilha responderam pelo homicídio em processo da 4ª Vara do Tribunal do Júri de Pernambuco , ainda de acordo com a PF, e também por tráfico de drogas na 9ª Vara Criminal do Recife.
A prisão preventiva foi decretada em setembro de 2018, depois de Rocha ser sentenciado a 20 anos de prisão pelo assassinato, em primeira instância. Após recursos, o pedido de prisão foi mantido e ele se manteve foragido.
Seu nome foi colocado na lista vermelha da Interpol em agosto de 2022, após pedido da Justiça pernambucana.