O cantor, compositor, músico e humorista Juca Chaves morreu na noite do último sábado (25), aos 84 anos, no Hospital São Rafael em Salvador (BA). A informação foi confirmada a Quem pela assessoria de imprensa da unidade neste domingo (26), que explicou que a causa da morte aconteceu devido a problemas respiratórios.
“O Hospital São Rafael lamenta a morte do paciente Juca Chaves na noite deste sábado (25) devido a complicações de problemas respiratórios e se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes”, informa a nota enviada à reportagem.
Juca tinha problemas cardíacos e foi internado com problemas respiratórios. O artista deixa a mulher, Yara Chaves, e as duas filhas, Maria Moreno e Maria Clara. Ele vivia com as três no bairro de Itapuã.
Procurada por Quem, a administração do Cemitério Bosque da Paz informou que o velório de Juca está previsto para começar às 14h30 deste domingo. O corpo do artista será cremado, às 16h30.
Nome artístico de Jurandyr Chaves, Juca Chaves, apelidado por Vinicius de Moraes de “O Menestrel Maldito”, nasceu no Rio no dia 22 de outubro de 1938. Filho de uma costureira e de um alfaiate, desde cedo, mostrou interesse pela música e pelo humor, influenciado pelos programas de rádio e pelos artistas da época. Aos 19 anos, ingressou na Escola de Belas Artes de São Paulo, mas não deu continuidade ao curso para se dedicar à carreira artística.
Nos anos 60, Juca passou a se destacar como músico e humorista em programas de TV e shows em todo o país. Suas canções, como Presidente Bossa Nova e Take Me Back to Piauí, misturavam humor e crítica social, satirizando a política e os costumes brasileiros. Criou personagens marcantes, como o Coxinha e Doquinha, que se tornaram um fenômeno de popularidade.
Nos anos 70, se destacou pela sua postura política e se engajou na luta contra a ditadura militar. Foi preso e torturado pela polícia política. No ano seguinte, exilou-se em Paris, onde permaneceu por dez anos. Na volta ao Brasil, retomou sua carreira artística, desta vez, com um forte engajamento social e político. Sempre se envolveu em diversas causas sociais, como a luta pela reforma agrária e a defesa dos direitos dos trabalhadores.
Juca se casou com Yara Chaves, e eles não tiveram filhos biológicos, mas resolveram adotar duas meninas quando foram morar na Bahia: Maria Moreno e Maria Clara.
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