Uma organização não-governamental (ONG) que funcionava como centro de apoio para menores virou ponto de prostituição de adolescentes, em Paulista, no Grande Recife. Segundo a Polícia Civil, meninas faziam “programa” e os frequentadores pagavam para entrar no local.
Após uma denúncia anônima, quatro homens e duas mulheres foram detidos durante uma operação da Polícia Civil.
As mulheres tinham 19 e 20 anos. Uma das pessoas presas foi o presidente da ONG, autuado em flagrante. Nas imagens, é possível acompanhar o momento da chegada dos policiais ao local.
Os vídeos mostram mulheres e mesas com bebidas alcoólicas. Os homens são revistados e ficam contra a parede do imóvel, que tem uma piscina.
O g1 perguntou à Polícia Civil os nomes dos envolvidos e da ONG investigada, mas eles não foram divulgados em respeito à Lei de Abuso de Autoridade.
A denúncia foi feita ao Ministério Público de Pernambuco, em fevereiro deste ano. Foi aí que começaram as investigações.
“Apurou-se que os frequentadores pagam uma quantia para permanecerem no local, sendo o valor do “programa” a ser combinado com as próprias adolescentes”, disse a polícia, por meio de nota.
Também foram levadas à delegacia duas adolescentes, de 17 e 14 anos. Os crimes investigados são favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, além de fornecimento de bebida alcoólica a adolescente, delitos pelos quais o presidente da ONG foi autuado.
A operação foi denominada “Pool Party”, que, em português, significa “festa na piscina”. A Polícia Civil divulgou o caso nesta terça (21) e informou que as prisões aconteceram no sábado (18).
A polícia também disse que, com base nos interrogatórios, depoimentos e escutas especializadas, todos colhidos no decorrer da deflagração da operação, “comprovou-se a prática dos crimes investigados”.