O rabino-chefe sefardita de Jerusalém e ex-rabino-chefe sefardita de Israel, Shlomo Amar, atribuiu a culpa pelos terremotos recentes que atingiram a região à criação de direitos para pessoas LGBTQIAP+.
Segundo o portal The Jerusalem Post, Amar defendeu que os tremores de terra registrados recentemente em Israel, após o devastador abalo sísmico na Turquia e na Síria em 6 de fevereiro ocorreram por consequência do aumento de casamentos homoafetivos no país.
— Não sou eu que interpreto, é a língua da Guemará — disse ele, citando a passagem do Talmude: “Deus disse que você está chocando seu povo por algo que não é seu”.
Jornalista gay rebate rabino
O apresentador do Channel 13 News, Ori Qual, que é gay, rebateu a fala homofóbica do rabino durante a transmissão do telejornal.
— Como homem gay, rabino Amar, e como alguém que foi enviado em nome deste canal à Turquia para cobrir os terremotos, é bom saber que, em sua opinião, eu e os membros da minha comunidade somos responsáveis por este desastre — disse Koel, de forma sarcástica. — Talvez, ao mesmo tempo, você possa nos culpar pelo custo de vida e pela inflação? Você deveria ter vergonha de suas visões sombrias. Em um país democrático, ocidental e progressista, uma pessoa como você não deveria receber um salário do dinheiro dos contribuintes.
Outras declarações homofóbicas
O jornal The Jerusalem Post lembrou que esta não foi a primeira polêmica envolvendo homofobia por parte do rabino. Em 2016, ele descreveu a comunidade LGBTQIAP+ como um “culto de abominação” e disse que este grupo deveria receber “a pena de morte de acordo com a lei judaica”. Amar também se considera contra a participação de pessoas LGBTQIAP+ no judaísmo. Para ele, a homossexualidade é uma “luxúria selvagem que precisa ser superada”.
Fonte: O Globo