Ganhou muita repercussão em nível local, estadual e até nacional a história contada pelo jovem Elias Medeiros Guedes, que trabalha há alguns dias como motoboy autônomo na cidade de Patos. Elias relatou que na noite da última sexta-feira, dia 24 de fevereiro, foi realizar a entrega de açaí em uma residência no Bairro Maternidade, em Patos, porém, em decorrência da demora e do derretimento do produto, a cliente teria arremessado o açaí em seu rosto.
Pouco a pouco o caso foi ganhando repercussão, foi parar nos sites de notícias, os seguidores do jovem aumentando no Instagram e centenas de pessoas prestando solidariedade ao trabalhador que foi agredido. Os motoboys da cidade de Patos também começaram a se mobilizar para buscar justiça diante do fato que poderia acontecer com qualquer um deles.
No sábado, dia 25 de fevereiro, ainda com o fato tendo repercussão, os motoboys fizeram postagens nos grupos exigindo saber quem cometeu a agressão, o nome da agressora e seu endereço. Após várias cobranças, Elias Medeiros acabou dizendo o nome de uma rua no bairro onde teria ocorrido o fato , mas sem dar mais detalhes. Em poucos minutos, na tarde do mesmo dia, dezenas de motoboys se aglomeram e foram fazer um “barulhaço” no possível endereço, porém, ao que relatam, no endereço não havia sido feita nenhuma entrega e o fato causou embaraço e também revolta.
Na manhã desta segunda-feira, dia 27 de fevereiro, a solidariedade dos motoboys se transformou em cobrança de mais informações sobre o acontecimento por parte de Elias Medeiros. O motoboy começou a não dar mais detalhes e os colegas começaram a fazer questionamentos da provável agressão, pois não foi feito Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil, não se sabe qual o estabelecimento que a provável mulher teria pedido o açaí, porque os jornalistas que deram a versão do motoboy não apuraram a versão da possível agressora e algumas questões que dizem respeito ao local onde teria acontecido o fato e o deslocamento do agredido por alguns quilômetros com açaí no capacete até chegar em sua residência, conforme dito.
Conforme relato no Patosonline.com: “Tranquilo, o jovem conta que não esboçou reação, subiu em sua moto e retornou para casa onde se acalmou mais”. Ao chegar em casa, ainda com o rosto e o capacete sujo, Elias teria feito o relato em sua rede social que gerou a polêmica.
Na manhã desta segunda-feira, Elias Medeiros concedeu entrevista à jornalista Wânia Nóbrega, da Rádio Espinharas. Elias disse que teve apoio dos motoboys no primeiro momento, mas agora vem sendo xingado por alguns que querem mais informações sobre todo o ocorrido.
Na Rádio Arapuan, em João Pessoa, os jornalistas Luis Torres, Clilson Júnior e Gutemberg Cardoso falaram em cadeia estadual de rádio que o caso está muito estranho e se faz necessário alguns esclarecimentos, pois, até o momento não se sabe nem quem é o advogado do motoboy. Os jornalistas disseram que tentaram falar com Elias Medeiros, mas as ligações não foram atendidas ou retornadas. Os jornalistas fizeram contato com o delegado em Patos, porém, foram informados que não existe nada na delegacia.
A reportagem do Polêmica conversou com alguns motoboys e vários acham que a história foi toda inventada e ganhou uma repercussão desnecessária e até perigosa. O caso ainda poderá ter desdobramentos, pois Elias deve dar continuidade para esclarecer dúvidas que pairam no ar.
Jozivan Antero – Polêmica Patos