Quando terminava a aula da escola, ela tirava um intervalo para o almoço e depois focava na preparação para o Enem. À noite, a estudante ainda reservava pelo menos duas horas para estudar um pouco mais.
“Começava por volta das 8h da manhã, fazia uma pausa para o almoço, às 11h mais ou menos, voltava a estudar pela tarde, às 13h e ia até umas 17h. Aí eu fazia mais uma pausa e, geralmente, voltava a estudar mais 2 ou 3 horas de noite”, conta.
Em março de 2022, a paraibana já havia estudado todo o assunto do ensino médio, por meio de livros didáticos e aulas na internet. Então, os meses seguintes foram utilizados para revisar.
“Em 2022, meu principal foco era revisar. Então eu fiz muitas questões e muitos simulados e provas antigas do Enem. Acho que foi o principal ponto da minha preparação. Eu fazia os simulados na hora que o Enem aconteceria de tarde, sem consultar material, tentava simular bem, e foi muito importante corrigi-los e anotar meus erros para depois revisar”.
Estudiosa desde pequena
Maria Clara com o uniforme do IFPB — Foto: Maria Clara Lira/Arquivo pessoal
Lídia Maria, mãe de Maria Clara, conta que a filha sempre foi muito estudiosa. Mesmo assim, o primeiro lugar em medicina na USP foi uma surpresa para toda a família.
“Maria Clara, desde muito pequena, sempre foi muito estudiosa, dedicada e disciplinada, mas, apesar de Maria sempre ter sido um aluna exemplar, a gente torcia e até esperava que ela fosse conseguir realizar o sonho de entrar para medicina. Mas dessa forma que ocorreu, sendo 1° lugar na USP, superou todas as expectativas, todos os sonhos, enfim, tudo que o já esperávamos”.
Dedicação e apoio familiar
Ao ser questionada sobre um conselho que daria para estudantes que estão se preparando para o Enem em 2023, Maria Clara falou sobre a importância da dedicação e do apoio familiar para superar obstáculos e insegurança.
“Existem muitos obstáculos que nos separam dos nossos sonhos, desde problemas financeiros até a pressão e a insegurança que todos os vestibulandos sentem, mas com dedicação e com o apoio das pessoas ao seu redor (familiares, amigos, professores…) é possível superá-los”, orientou a estudante.
A paraibana conta que teve muito apoio da família, inclusive do tio Nanego Lira. “Agradeço imensamente a minha mãe e ao meu pai, aos meus irmãos e aos demais familiares e amigos, que foram minha rede de apoio. Inclusive, teve até oração do Padre Zezo para a aprovação, risos”, revela.
A estudante também se inscreveu no Sisu para os cursos de medicina na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Para estudar em São Paulo, ela afirma que vai precisar de assistência estudantil.
“Ainda não sei se vou para São Paulo, porque as condições finananceiras são limitantes. A assistência estudantil será importante”, concluiu.