Um júri popular realizado no município paraibano de Piancó e encerrado nessa quarta-feira (8) absolveu Givanildo Araújo da Silva da acusação de homicídio. Ele era acusado de ter matado o próprio pai a golpes de foice, mas a justiça entendeu por unanimidade que não havia provas suficientes da autoria.
O crime aconteceu em setembro de 2021 no município de Olho D’água, Sertão da Paraíba, dentro da casa da vítima, que foi identificada como sendo Damião Araújo da Silva. Ele tinha 75 anos quando morreu.
De acordo com informações da Polícia à época do crime, Damião foi encontrado morto por um de seus filhos, mas Givanildo acabou se tornando suspeito por estar na mesma casa dele no momento em que o corpo foi encontrado.
À época, ele foi levado para o Presídio de Piancó, mas sempre alegou inocência. Durante o julgamento, a defesa alegou que o processo não conseguiu provar a autoria. Reclamou também de ausência de perícia na foice que teria sido usada no crime.
O júri
Nos debates, o Ministério Público levou a tese de crime qualificado e pugnou pela condenação do réu, enquanto a defesa pediu a absolvição do réu, com a tese de negativa de autoria.
Depois dos debates, o Conselho de Sentença entendeu que o réu não havia cometido o crime e o absolveu.
Diante do exposto, o juiz que presidiu o júri acolheu a decisão soberana do corpo de jurado e absolveu o réu.
Atuação
O júri foi marcado pela brilhante atuação da advogada da defesa, Dayane Carvalho, que levou ao tribunal a tese de negativa de autoria e conseguiu desconstituir toda acusação, demostrando passo a passo que seu constituinte não havia cometido o crime a ele imputado.
Além de Rayane Carvalho, atuaram na defesa o réu, os advogados Genival Veloso, José Ferraz e Rawlisson Ferraz.
A Polícia Civil deve retomar as investigações para buscar provas e tentar descobrir a autoria do crime.