Um dos organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio foi preso por suposta fraude em licitações, informou a mídia local na quarta-feira, na mais recente reviravolta em um escândalo crescente.
Os promotores de Tóquio se recusaram a comentar a informação, mas a mídia local publicou fotos da batida policial na casa de Yasuo Mori, um dos executivos responsáveis dos jogos, adiado para 2021 devido à pandemia de Covid-19.
O jornal Asahi Shimbun e outros meios de comunicação relataram que Mori, de 55 anos, foi detido por supostas violações da lei antitruste.
Segundo a imprensa, os promotores o acusam de fraudar uma série de licitações abertas e limitar a alocação de contratos para eventos olímpicos avaliados em 40 bilhões de ienes (R$ 1,5 bilhão).
Mori e outros funcionários envolvidos na suposta manipulação teriam criado sua própria lista de candidatos para as concorrências públicas e as licitações foram resolvidas de acordo com suas escolhas.
Os promotores já estão investigando as suspeitas de suborno em torno dos jogos após as alegações de que um ex-diretor dos Jogos de Tóquio aceitou dinheiro de empresas em troca de acordos de parceria.
O ex-funcionário Haruyuki Takahashi foi preso por causa do escândalo e, em dezembro, o ex-chefe de uma empresa de roupas admitiu no tribunal que ofereceu dinheiro por direitos de patrocínio, segundo a rede nacional NHK.
O escândalo de corrupção lançou dúvidas sobre a candidatura da cidade de Sapporo, no norte, para sediar os Jogos de Inverno de 2030.