Uma mulher roubou equipamentos médicos de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Grande Recife. A Polícia Civil informou que ela entrou no local dizendo que precisava ser atendida e alegou ter “ouvido vozes que mandaram levar os objetos”, avaliados em R$ 22 mil.
O caso aconteceu na UPA de Igarassu, que fica no território do município vizinho de Abreu e Lima, segundo a polícia. A mulher, disse a corporação, aparenta ter 40 anos de idade.
Entre os objetos levados pela mulher estava um laringoscópio, usado para fazer a intubação de pacientes. Sem ele, a UPA não conseguiria atender nenhum paciente que precisasse ser intubado.
Segundo a delegada Natália Araújo, a mulher chegou à UPA na segunda (30), dizendo que precisava de um parecer cardiológico, porque ia se submeter a uma cirurgia.
“Ela ficou aguardando atendimento no corredor. E, ali, começou a passar mal. A versão dela é que ela ouviu vozes que mandou ela entrar em uma sala e subtrair os equipamentos. E assim ela fez”, afirmou a delegada.
Confira a lista dos equipamentos furtados:
Um laringoscópio, usado para fazer a intubação de pacientes, avaliado em R$ 2.500,00;
Um monitor ambulatorial de pressão arterial, conhecido como MAPA, avaliado em R$ 8.000,00;
Um holter, que monitora a arritmias cardíacas, avaliado em R$ 12.000,00;
Duas braçadeiras, avaliadas em R$ 140,00.
Segundo a polícia, imagens de uma câmera de segurança mostram ela em pé, inquieta, perto da porta da sala onde estavam os aparelhos. Depois, ela entra, passa dois minutos lá dentro, saí e volta a se sentar na sala de espera.
Após isso, a mulher ainda foi atendida e liberada para voltar para casa. Na manhã desta terça (31), a direção da UPA deu pela falta dos equipamentos e procurou a polícia.
Após as diligências, a polícia conseguiu identificar a mulher. Ela havia guardado os objetos em uma gaveta e disse aos policiais, no depoimento, que pretendia devolver tudo.
De acordo com a delegada, a mulher não foi presa. Ela disse que o inquérito do caso deve ser concluído até o final da semana e remetido para o Ministério Público, que decidirá se vai presentar a denúncia à Justiça.
“É importante que os familiares de portadores de doença mental fiquem atentos, não deixem eles saírem só. Pelo que entendi, foi o que aconteceu no caso dela”, afirmou Araújo.