A ministra da Cultura, Margareth Menezes, disse nesta terça-feira (10) que ainda não é possível saber se o relógio do século XVII destruído por vândalos no ato terrorista do últmo domingo (8) poderá ser restaurado.
O relógio, feito pelo francês Balthazar Martinot, fica no Palácio do Planalto, um dos prédios atacados por alguns vândalos bolsonaristas. Eles também vandalizaram o prédio do Congresso e o do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O relógio talvez é a obra mais sensível ainda. Existem outros daquele tipo, mas de tamanhos menores. Está muito danificado, muito danificado. A gente não tem essa resposta ainda”, disse a ministra.
Margareth Menezes afirmou que, durante a reunião com a primeira-dama, ganhou força a ideia de criar um memorial sobre os ataques aos Três Poderes. Segundo a ministra, a estrutura ainda não foi completamente pensada e não há ainda local para a instalação.
“A ideia de criar um memorial sobre essa violência que sofremos. Esse é um tesouro artístico, do povo brasileiro. Isso é um pertencimento do Estado. Uma violência muito desrespeitosa e profunda. Esse memorial é para deixar marcado isso para que nunca mais possa acontecer outra violência desse nível, com a memória intocável que é a nossa democracia”, disse.