O Kremlin se ofereceu para custear o congelamento de esperma de soldados russos, caso eles morram enquanto lutam na guerra da Ucrânia. O objetivo de Vladimir Putin, ao pemitir o procedimento de forma gratuita, é encorajar mais homens russos a se juntarem à invasão, sem medo de que não possam ter seus próprios filhos.
A Rússia também disse que pagará para que as esposas dos soldados façam fertilização in vitro se os parceiros delas realmente morrerem lutando pelo presidente russo, de acordo com informações do Telegraph.
Na última quarta-feira (28), o chefe do Sindicato dos Advogados da Rússia, Igor Trunov, disse que o governo apoiou a proposta de “criar um criobanco gratuito de material genético” para as tropas – e aumentar os cônjuges na lista de fertilização in vitro patrocinada pelo Estado.
Trunov afirmou que foi contatado por muitas famílias russas que queriam congelar o sêmen de homens que se ofereciam ou eram forçados a ir para a guerra.
Ele escreveu uma resposta do Ministério da Saúde afirmando que o Kremlin havia confirmado que alocaria recursos nos próximos dois anos para cobrir esses custos, bem como o armazenamento de “material biológico dos cidadãos mobilizados para participar da operação militar especial”.
A medida ocorre no momento em que especialistas afirmam que Putin precisará mobilizar mais tropas para lutar na Ucrânia para ter alguma possibilidade de vitória – o que parece impossível nesta fase, segundo o Daily Star.
Mais de 300 mil homens russos já foram enviados para a Ucrânia desde a mobilização parcial em setembro – uma campanha que viu centenas de milhares fugirem do país, com medo de serem forçados a lutar.
Alguns recorriam, inclusive, a medidas drásticas para escapar de serem mandados para a guerra, como o caso de homens que se incendiaram ou atiraram uns contra os outros.
Além disso, poucos dias após a confirmação da mobilização, muitos homens russos fizeram viagens para clínicas de fertilidade em uma tentativa de congelar seu esperma antes de serem enviados para lutar e, provavelmente, morrer.
O Kremlin também fez várias outras promessas aos recrutas, incluindo um período de carência para o pagamento do empréstimo e a suspensão de processos judiciais contra possíveis soldados.
No entanto, as famílias alegam que ainda estão sendo questionadas por bancos e agências de cobrança.