Claudia Silva, Wagner Souza, Paulo Rebelo e Aline Maria foram baleados por policial militar — Foto: Reprodução/WhatsApp
Após matar a esposa, que estava grávida de três meses, nesta terça-feira (20), em Pernambuco, o soldado da Polícia Militar Guilherme Barros, de 27 anos, invadiu o 19º Batalhão de Polícia Militar (BPM), onde trabalhava, disparou várias vezes, alvejando quatro colegas, e se matou em seguida.
A esposa foi morta na cidade de Cabo de Santo Agostinho, a cerca de 28 quilômetros da capital, Recife, onde o PM invadiu o batalhão.
Veja quem são as vítimas
Claudia Gleice da Silva: esposa do soldado, ela tinha 33 e estava grávida de três meses. Após ser atingida por sete tiros, ela foi levada por parentes para a Unidade Pronto Atendimento do Cabo de Santo Agostinho, mas não resistiu aos ferimentos e morreu;
Wagner Souza: tenente da PM, morreu após ser baleado na sede do 19º BPM;
Aline Maria: major da PM, passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu à noite;
Paulo Rebelo: cabo da PM, foi ferido no ombro, encontra-se internado para avaliação médica;
Maurino Uchoa: sargento da PM, foi atendido e recebeu alta médica.
A cronologia do crime
O policial militar atirou na esposa na casa dos dois, no bairro de Malaquias, no Cabo de Santo Agostinho.
A mulher, que estava grávida de três meses, foi atingida por sete tiros.
Familiares da vítima foram chamados e a levaram para a UPA do Cabo.
PM seguiu em um carro para a sede do 19º BPM, na Zona Sul do Recife.
Na sede do batalhão, ele entrou atirando na sala de monitoramento, baleando quatro PMs. Depois, se matou.
Após dar entrada na UPA com pulsação fraca, a esposa não resistiu aos ferimentos. Ela morreu às 11h21.
À noite, a Polícia Militar informou a morte da major Aline, que havia passado por cirurgia.
Claudia Silva estava grávida de 3 meses e foi morta a tiros pelo companheiro — Foto: Reprodução/WhatsApp
Investigações
A Secretaria de Defesa Social (SDS) informou que os crimes que ocorreram na sede do 19º BPM serão apurados por meio de Inquérito Policial Militar, enquanto o assassinato da esposa do soldado Guilherme será apurado pela Polícia Civil.
A morte de Claudia Gleice da Silva, no Cabo de Santo Agostinho, foi registrada como feminicídio pela Força Tarefa de Homicídios. Segundo a corporação, as investigações serão conduzidas pela 14ª Delegacia de Polícia de Homicídios.