O primeiro-ministro da Irlanda, Micheál Martin, renunciou ao cargo neste sábado, segundo informou a agência de notícias britânica BBC News. Com a decisão, o centrista entrega o governo ao então vice-primeiro-ministro, o democrata-cristão Leo Varadkar. O novo “taoiseach” recebeu 87 votos favoráveis no parlamento irlandês, enquanto 62 foram contra sua nomeação.
A partir de agora, Varadkar substitui Martin como líder do governo, enquanto o ex-primeiro-ministro assume o papel de “tánaiste”, isto é, vice-primeiro-ministro. A rotação de poder já havia sido estabelecida no acordo de coalizão firmado em junho de 2020. O acordo em questão reuniu o partido Fine Gael, de Varadkar, o Fianna Fáil, de Martin, e o Partido Verde em uma determinação histórica.
Leo Varadkar é médico de formação, e já atuou anteriormente como “taoiseach” e também como ministro da Defesa, entre os anos de 2017 a 2020. A transferência de cargos é a primeira do sistema político da Irlanda e acontece entre duas legendas que dominaram a política local como rivais por quase um século.
O novo primeiro-ministro disse que há muitos desafios na nova gestão, e citou pontos a serem melhorados no governo irlandês.
— A Irlanda nunca foi um estado falido, e é grotesco e desonesto afirmar que somos ou fomos. Mas estamos falhando com alguns de nossos cidadãos, e é essencial para nosso sucesso como país que consertemos isso — afirmou Leo Varadka.
Varadkar reafirmou o compromisso irlandês de permanecer ao lado dos outros europeus durante este inverno rigoroso.
— Sonhos de um futuro melhor não se constroem no impasse e no status quo. Quero trabalhar com todas as partes nesta Câmara e na Irlanda do Norte, bem como com o governo britânico e nossos parceiros na União Europeia, para fazer progressos no protocolo e restaurar as instituições do acordo —, finalizou.