Sem acordo com as companhias aéreas por reposição salarial, pilotos e comissários de voo decidiram entrar em greve a partir do dia 19. A deliberação a favor da greve foi aprovada nesta quinta-feira, por unanimidade, em assembleia convocada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).
A categoria reivindica recomposição das perdas inflacionárias e ganho real nos salários, de forma a compensar perdas acumuladas em dois anos de pandemia — que segundo o SNA, foi de quase 10%.
Também faz parte da pauta questões relativas a horário de jornada e folga. Entre elas, que as empresas não programem jornadas de trabalho com tempo de solo superior a 3 horas entre duas etapas de voo.
— As empresas estão com os preços das passagens no mais alto patamar dos últimos 20 anos e estão, financeiramente, melhores do que antes da pandemia. Portanto, entendemos ser justo e razoável que os tripulantes tenham a garantia de que os horários de suas folgas serão respeitados, por exemplo, bem como que tenham um ganho real em seus salários, para compensar as perdas dos últimos anos. Ninguém quer ter em seu voo um piloto ou comissário cansado ou que não consiga pagar as suas contas — diz o presidente do sindicato, Henrique Hacklaender.