O governador da Paraíba, João Azevêdo, foi eleito presidente do Consórcio Nordeste para o ano de 2023, nesta quinta-feira (8). Ele foi votado unanimemente por gestores da região durante um encontro virtual e deve assumir a autarquia a partir do ano que vem, substituindo o atual gestor, Paulo Câmara, governador de Pernambuco.
Na reunião também foi destacada a importância da entidade para a tomada de decisões que tem fortalecido o desenvolvimento regional e as políticas públicas sociais.
Esse consórcio ja foi alvo de investigação. No dia 26 de abril, a Polícia Federal deflagrou a operação Cianose, que investigava a contratação pelo Consórcio Nordeste de empresa para o fornecimento de 300 ventiladores pulmonares durante o pico inicial da pandemia de Covid-19 no Brasil.
Segundo a PF, o processo de aquisição que se seguiu contou com diversas irregularidades, como o pagamento antecipado de seu valor integral sem que houvesse no contrato qualquer garantia contra eventual inadimplência por parte da contratada. Ao fim, nenhum respirador foi entregue.
Em nota, o Consórcio afirmou que a compra emergencial foi feita em conformidade com a legislação específica da pandemia (13979/2020) e que a entidade foi “vítima de uma fraude de empresários que receberam o pagamento e não entregaram os aparelhos, fato que foi imediatamente denunciado pelo próprio Consórcio às autoridades policiais e ao judiciário, através de ação judicial que resultou na prisão desses empresários e no bloqueio de seus bens.”
Na operação Cianose foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em quatro diferentes unidades da federação (Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia), todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça. As buscas contaram com a participação de auditores da Controladoria Geral da União.