O deputado federal Julian Lemos (União Brasil-PB) já foi um dos maiores aliados do presidente Bolsonaro, mas a relação entre os dois foi degringolando nos últimos tempos. A tal ponto que Lemos garantiu que não votou nem em Bolsonaro nem em Lula na última eleição, mas garantiu que se fosse para servir a Paraíba faria parte do governo petista, “Se o meu partido me solicitar para uma missão no governo federal, estou pronto”, garantiu.
Quanto a relação com o atual chefe do executivo, ele disse que nunca se declarou inimigo dos filhos de Bolsonaro e sim os filhos do presidente que o “escolheram como um inimigo para que pudessem derrotar”. Embora não tenha conseguido se reeleger, ficando na primeira suplência, o deputado afirmou se sentir vitorioso pela quantidade de votos e pelos apoios recebidos. “Acho que foi uma votação muito boa, após passar quatro anos sendo caluniado pelo clã Bolsonaro como aconteceu a outros ex-aliados a exemplo de Luiz Henrique Mandetta e Sérgio Moro”, enumerou.
O deputado explicou que abandonou a campanha presidencial ao perceber que “estava valendo tudo pela eleição” e que vários candidatos foram eleitos negando princípios básicos da ética. “Não me senti a vontade para votar nele, preferi não fazer parte daquilo”, disse.
Quanto a gestão de Bolsonaro, ele classificou como “um desastre administrativo” e que ele só venceu a eleição usando o sentimento de revolta que nasceu na população brasileira em 2012. “Ele é um péssimo exemplo como família, não é exemplo de prática cristã”, sentenciou.
As declarações foram dadas durante entrevista ao programa Frente a frente da TV Arapuan.