A versão atualizada da vacina Pfizer/BioNTech contra o coronavírus gera uma resposta imunológica mais alta contra a subvariante Ômicron BQ.1.1 quando comparada ao imunizante original, segundo nota divulgada pela empresa nesta sexta-feira.
Os níveis de anticorpos aumentaram quase nove vezes em adultos com 55 anos ou mais que receberam o novo imunizante se comparado com quem recebeu a vacina original, onde os voluntários da mesma faixa etária, tiveram um crescimento de apenas duas vezes da produção de anticorpos.
O imunizante bivalente foi desenvolvido para combater a cepa original do coronavírus, encontrada em Wuhan, em 2019, e as subvariantes ômicron encontradas recentemente, incluindo a BQ.1.1, BA.4.6, BA.2.75.2 e XBB.1.
A sublinhagem BQ.1.1 vem sendo associada ao aumento de casos de Covid em diversos países, como o Brasil e os Estados Unidos. Elas contêm mutações genéticas que tornam mais difícil para o sistema imunológico reconhecer e neutralizar o vírus, tornando-as melhores em infectar pessoas, apesar da imunidade de vacinas e infecções anteriores.
Aumento de casos no Brasil
Em nota recente divulgada pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, a pasta reforça o uso de máscaras por indivíduos do grupo de risco de agravamento da doença, como idosos, imunossuprimidos, gestantes e pessoas com comorbidades, mas volta a orientar também para a população geral em locais fechados e mal ventilados, como transportes públicos, e ambientes abertos com aglomerações.
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) também divulgou um comunicado alertando a população sobre o aumento de casos de Covid-19 no Brasil devido a circulação da subvariante e recomendou o uso de máscaras e o distanciamento social no retorno do cotidiano das pessoas, assim como no começo da pandemia e no auge dos casos.
A vacina atualizada da Pfizer já é aplicada nos Estados Unidos, Canadá e na Europa como dose de reforço. A farmacêutica pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso emergencial de duas fórmulas adaptadas contra a Ômicron, mas a análise ainda está em tramitação.
De acordo com a Anvisa, a análise do pedido de uso emergencial está na área técnica. O passo seguinte é a deliberação dos diretores da agência.