Os norte-americanos foram às urnas na última terça-feira (8) nas eleições de meio de mandato no país para eleger representantes para diferentes poderes. No estado da Pensilvânia, um homem de 85 anos, que morreu em outubro, foi um deles.
O democrata Tony DeLuca, que cumpriu mandato por 39 anos, faleceu vítima de um linfoma, mas ganhou as eleições com mais de 85% dos votos, segundo informações do Pittsburgh Post-Gazzette.
Por conta do curto prazo entre a morte e as eleições, não foi possível retirar o nome de DeLuca das cédulas eleitorais ou do partido trocar o candidato do 32º distrito da Pensilvânia.
A adversária, Queonia “Zarah” Livingston, do Partido Verde, recebeu apenas 14% dos votos dos eleitores. Apesar de reconhecer a derrota, ela foi às redes sociais reclamar da decisão da população.
“Votar seguro significa porque as pessoas do meu distrito decidiram votar no cara que já faleceu; para honrar seu legado. Agora não temos ninguém em nosso distrito para nos representar até que a eleição especial termine. Eu adoraria que alguém me dissesse como isso é melhor”, questionou a candidata em publicação no Twitter.
O comitê de campanha do partido Democrata no estado agradeceu os votos ao deputado DeLuca, e informou que uma “eleição especial” acontecerá em breve.
“Embora estejamos incrivelmente tristes com a perda do deputado Tony DeLuca, estamos orgulhosos de ver os eleitores continuarem a mostrar sua confiança nele e seu compromisso com os valores democratas, reelegendo-o postumamente”, diz o partido.
Setoristas de política norte-americanos comentam que a grande quantidade de votos para o democrata se deu por pessoas que não souberam da notícia do falecimento dele, mas também porque eleitores preferiram a ideia de ter um novo pleito do que eleger a candidata do Partido Verde.