Os últimos oito anos estão a caminho de serem os oito anos mais quentes já registrados, afirma um novo estudo da Organização Meteorológica Mundial divulgado neste domingo (6), durante o primeiro dia da COP 27.
A agência da ONU também alerta que ondas de calor extremas, secas e inundações devastadoras afetaram milhões de pessoas e custaram bilhões de dólares somente este ano.
Tudo isso tem uma explicação clara: o aumento contínuo das concentrações de gases de efeito estufa e o acúmulo constante de calor.
“Quanto maior o aquecimento, piores os impactos. Temos níveis tão altos de dióxido de carbono [um dos maiores contribuintes para a crise climática] na atmosfera agora que o 1,5°C do Acordo de Paris está mal ao nosso alcance”, disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.
De acordo com a OMM, a temperatura média mundial aumentará cerca de 1,15°C em 2022 acima da marca pré-industrial.
Com isso, a agência ressalta que é bem provável que os anos que compõem o intervalo entre 2015 e 2022 provavelmente sejam os oito anos mais quentes já registrados.
E essa tendência de aumento se confirmará mesmo com a influência do La Niña, um evento climático natural que manteve as temperaturas globais relativamente “baixas” nos últimos dois anos.
“O clima cada vez mais extremo torna mais importante do que nunca que a gente garanta a todos na Terra o acesso a alertas precoces que salvem vidas”.