A Polícia Rodoviária Federal na Paraíba divulgou uma nota à imprensa na madrugada desta terça-feira (1º) informando que não há mais bloqueios de rodovias federais no estado.
Nesta segunda-feira (31) foram registrados três pontos de bloqueios em rodovias federais paraibanas, sendo o primeiro ocorrido às 17h10.
Os locais onde houve os respectivos bloqueios foram na BR 230, km 23, na região metropolitana de João Pessoa, no sentido João Pessoa para Cabedelo, iniciado às 17h10 e liberado às 17h35 após negociação da PRF; na BR 101, km 89, nas proximidades do Posto de gasolina Gauchinha, em ambos os sentidos, iniciado às 18h15 com liberação total às 23h46. Também foi registrado bloqueio na BR 230, km 148, em Campina Grande, no sentido Campina Grande para João Pessoa, iniciado às 17h57 e liberado a 01h17 da madrugada.
A PRF atuou na liberação de todos os pontos e permaneceu no local até garantir o retorno à fluidez total do trânsito. Em todos os pontos de bloqueio foram realizadas liberações parciais ao longo das manifestações.
A ação realizada pela PRF no estado foi prontamente informada ao Ministério Público Federal desde as primeiras interdições registradas.
MANIFESTAÇÕES PELO PAÍS
Caminhoneiros de diversos estados do país estão bloqueando as rodovias federais em protesto aos resultados das eleições do último domingo (30) onde o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva venceu o pleito. Eles protestam por não aceitarem a derrota do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ministro do STF Alexandre de Moraes divulgou na noite desta segunda-feira (31) uma decisão própria de que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) teria que imediatamente fazer o desbloqueio das rodovias. Na definição de Moraes, as Polícias Militares dos estados também tem a incumbência de realizar todos os meios possíveis para resolver o problema.
“Que sejam imediatamente tomadas, pela Polícia Rodoviária Federal e pelas respectivas polícias militares estaduais, no âmbito de suas atribuições, todas as medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis do poder executivo federal e dos poderes executivos estaduais, para a imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido”, escreveu Moraes.
MULTA
Na decisão do ministro há um adendo que reforça a sua imposição. Segundo ele, caso não haja o cumprimento da ordem judicial, a multa é de R$ 100 mil por hora, fato que foi comunicado ao diretor da PRF, Silvinei Vasques. O anúncio acrescenta que o descumprimento pode acarretar ainda em um eventual afastamento do cargo do respectivo diretor.
DECISÃO APROVADA POR MAIORIA DOS COLEGAS
A decisão de Alexandre de Moraes foi colocada em votação entre os demais ministros da corte e durante as primeiras horas da madrugada desta terça-feira (1º), houve a aprovação por parte de seus colegas.
Segundo o ministro, a decisão teve base em um pedido da Confederação Nacional dos Transportes, que apontou transtornos e prejuízos a toda sociedade com paralisações em diversas rodovias do país.