SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) — No Qatar, a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nas ruas é crime passível de prisão. O país-sede da próxima Copa do Mundo irá adaptar suas regras durante o período do torneio. Nasser Al Khater, diretor-executivo do Mundial, afirmou em entrevista à Sky News que serão criadas “zonas de sobriedade” para torcedores bêbados se recuperarem.
“É um lugar para garantir que eles permaneçam seguros, e também não representem uma ameaça para ninguém”, disse Al Khater. Os torcedores que exagerarem na bebida alcoólica ficarão nas tendas até recobrarem a sobriedade. A medida é uma alternativa criada pelo governo catari e só valerá durante a Copa.
Outras regras também serão alteradas a partir de 20 de novembro, data da abertura do torneio. A comercialização de bebidas alcoólicas, normalmente exclusiva a bares e restaurantes autorizados, também vai acontecer nos arredores dos estádios e nas fan zones.
Al Khater abordou outros temas polêmicos na entrevista à Sky News. O diretor-executivo garantiu que ninguém será punido por leis anti-LGBTQIA+ vigentes no Qatar. “Tudo o que pedimos é que respeitem a nossa cultura. Enquanto as pessoas não fizerem nada que machuque outras pessoas, destrua propriedade pública, e se comportem de uma maneira que não seja perigosa, todos são bem-vindos”, declarou.
Sobre a faixa de capitão com as cores do arco-íris que Harry Kane e outros jogadores pretendem utilizar, Al Khater afirmou que é uma questão a ser analisada pela Fifa. Mas o diretor-executivo deixou claro que não é favorável à ideia.
“Esse é um evento esportivo que as pessoas querem vir e aproveitar. Não acho que é a coisa certa para o esporte transformar a Copa em uma plataforma política”, completou.