Subiu para 21 o número de mortes em Uganda causadas pelo ebola, segundo a última atualização do Ministério da Saúde do país. O novo surto da doença foi declarado na região na última terça-feira, quando foi registrado o primeiro óbito pelo vírus desde 2019, em um homem de 24 anos. No total, são 34 pessoas contaminadas, contando com as vítimas, por uma variante do vírus que não circulava em Uganda desde 2012, a cepa do Sudão. Os números apontam uma taxa de letalidade de 62% até agora.
O último informe da pasta ugandense mostra ainda que os casos, que tiveram início no distrito de Mubende, a cerca de 150 quilômetros da capital, Kampala, se espalharam para mais duas regiões: Kyegegwa, com dois casos, e Kassanda, com um infectado.
Em agosto, um caso de ebola pela variante do Sudão, que não era registrada na Uganda há uma década, havia sido reportado na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo, local que faz fronteira com Ruanda e Uganda.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que enviou especialistas a Uganda para auxiliar no controle do novo surto da doença. Contatos próximos dos contaminados estão sendo identificados e monitorados.
O vírus ebola é na maioria das vezes fatal, com taxas de mortalidade de até 90% para algumas cepas, embora já existam vacinas e tratamentos para a doença. Ele provoca um quadro de febre hemorrágica, que se espalha para humanos principalmente a partir de animais infectados.
A transmissão entre pessoas ocorre por meio de fluidos corporais, e os principais sintomas são febre, vômito, hemorragia e diarreia. Uganda já teve surtos anteriores da doença, que matou milhares de pessoas na África desde sua descoberta, em 1976. O surto mais recente do país foi declarado como encerrado em 2019, depois que pelo menos cinco pessoas morreram.