Uma campanha da Le Planning Familial, uma ONG de esquerda a favor da educação sexual e do aborto, provocou polêmica na França. “Homens também podem engravidar”, informa o slogan da iniciativa, que começou na semana passada. A peça publicitária mostra um “homem trans gestante” (pessoa que nasceu do sexo feminino, mas se sente pertencente do gênero masculino).
A peça gerou reação. “A ONG se tornou uma associação pela teoria de gênero”, constatou Hélène Laporte, vice-presidente da Frente Nacional na Assembleia Nacional da França, no Twitter. “E ainda é subsidiada pelo dinheiro dos pagadores de impostos para intervir na formação dos nossos jovens.”
Também as feministas se indignaram com a campanha. Em uma “carta aberta”, as ativistas Marguerite Stern e Dora Moutot, famosas na França, alertam para a “ideologia transativista” e supostas violações dos direitos das mulheres.
Isabelle Rome, ministra da Igualdade entre Homens e Mulheres do país, expressou seu apoio à Le Planning Familial. “Não deixemos que a extrema direita alimente o ódio usando uma campanha de comunicação, que entendo não chegar a um consenso”, informou Isabelle, em uma nota enviada à mídia.
A ONG responsável pela campanha segundo a qual homens podem engravidar comunicou que vai processar os críticos.