O marido da PM Rhaillayne Oliveira de Mello — presa por matar a irmã, Rhayna Mello, durante uma discussão num posto de gasolina em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, no último sábado, dia 2 — contou à polícia que a mulher vinha se mostrando nervosa e “claramente sem paciência”. Também soldado da PM, Leonardo de Paiva Barbosa contou que Rhaillayne esteve em casa de madrugada, horas antes do crime, para pegar a pistola que usou no homicídio de Rhayna.
Leonardo prestou depoimento na DH de Niterói por volta do meio-dia de sábado, cerca de quatro horas após a morte de Rhayna. O soldado da Polícia Militar contou que tinha um relacionamento com Rhaillayne há cerca de um ano e meio. Ele disse que a esposa havia saído, na noite de sexta-feira, dia 1º, para uma festa de família.
Ele afirmou à polícia que estava dormindo, por volta das 3h, quando Rhaillayne chegou em casa, foi até o quarto e pegou algo que ele não soube dizer o que era. Sem falar nada, a policial saiu de casa novamente; Leonardo disse ter voltado a dormir.
Quarenta e oito minutos depois, o soldado contou ter recebido um telefonema da mãe de Rhaillayne, dizendo que a PM, muito nervosa, havia discutido com ela e com outra irmã. Leonardo se levantou para procurar a arma da esposa, uma Glock calibre ponto 40, que pertence à PM e estava acautelada com Rhaillayne. E não encontrou a arma.
Logo em seguida, por volta das 4h de sábado, Leonardo disse ter recebido uma nova ligação, desta vez da outra irmã de Rhaillayne, dizendo estar preocupada, porque a soldado da PM estava “extremamente nervosa”. A pedido da cunhada, o policial ligou para o pai da esposa, mas ele, explicou Leonardo aos policiais da DH, preferiu não ir ao encontro da filha, porque “sua presença poderia piorar a situação”.