Gleycy Correia, ex-Miss Brasil Continentes Unidos em 2018, morreu aos 27 anos na manhã desta segunda-feira (20) após passar cerca de dois meses internada, em coma, em um hospital particular de Macaé, no Norte Fluminense.
A jovem, que era natural de Macaé, teve complicações depois de passar por uma cirurgia de amigdalite.
Além do título de miss, Gleycy era empreendedora, especialista em Permanent Make Up.
O corpo foi encaminhado ao Instituído Médico Legal (IML) de Macaé para passar por perícia. De acordo com o IML, as causas foram pneumonia; encefalopatia anóxica; parada cardiorrespiratória; choque hemorrágico e hemorragia da artéria amigdaliana.
O pastor Jak Abreu, que acompanha a família de Gleycy desde o início da internação, disse em uma rede social que a família cogita que houve erro médico durante a cirurgia.
“Deus escolheu esse dia para recolher a nossa princesa. Sabemos que a saudade será imensa, mas ela agora estará alegrando o céu com seu sorriso”, diz um trecho da publicação do pastor que também agradeceu a todos os jovens que se reuniram ao longo de 70 dias em oração pela recuperação da modelo e desejou consolo aos familiares.
Família alega negligência
De acordo com Douglas Correia, irmão mais velho de Gleycy, a miss começou a sentir dores por volta do meio-dia, cerca de uma semana após uma cirurgia para tratar de uma amigdalite.
“Ela optou por fazer essa cirurgia da amígdala por conta de uma massinhas brancas que saiam da garganta. Ela fazia aula de canto e vira e mexe estava com a garganta inflamada. A cirurgia foi um sucesso, mas seis dias depois ela começou a sentir muita dor. Ela mandou mensagem pra secretária do médico que fez a cirurgia perguntando se tinha algum remédio mais forte e a secretária que ela deveria procurar diretamente o médico”, disse o irmão.
Douglas contou, ainda, que Gleycy também perguntou à secretária sobre orientações no processo pós-cirúrgico.
“O que eu penso com isso? Minha irmã tava com dificuldade de engolir as coisas. Nem sorvete ela conseguia engolir. E ainda foi perguntar se poderia escovar os dentes. Quer dizer… então nem o acompanhamento pós-operatório teve”.
Gleycy acabou piorando por volta de 1 hora da manhã do mesmo dia em que começou a sentir dores e chegou a vomitar sangue, segundo o irmão. O pai da Miss a levou para uma unidade de saúde e, segundo a família, ela só foi atendida por volta das 4 horas da manhã.
A família fez um registro de ocorrência na delegacia de Macaé alegando negligência médica tanto do médico que realizou a cirurgia quanto da unidade na qual ela deu entrada após passar mal. Ela então ficou internada, em coma, por cerca de dois meses.
O corpo de Gleycy foi velado e sepultado na manhã desta terça-feira (21) no Cemitério Memorial, em Macaé.