Subiu para 44 o número de mortes oficialmente registradas em meio às fortes chuvas que atingem Pernambuco, informou o Ministério do Desenvolvimento Regional em coletiva de imprensa, neste domingo (29). Dessas, ao menos 30 ocorreram somente no sábado. Os dados incluem os óbitos ocorridos desde a quarta-feira (25).
“A informação atualizada que eu tenho é de que a gente registrou 44 óbitos, 56 desaparecidos, 25 feridos, 3.957 desabrigados e 533 desalojados”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira.
A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva concedida também pelos ministros Carlos Brito (Turismo), Ronaldo Bento (Cidadania) e Marcelo Queiroga (Saúde), no Recife.
Antes da coletiva, os ministros fizeram um sobrevoo pelas áreas mais atingida, como Jardim Monte Verde, no bairro do Ibura, na Zona Sul da capital pernambucana. Área limítrofe entre o Recife e Jaboatão dos Guararapes, foi a localidade mais afetada. Ao menos 20 mortes aconteceram no local.
“Embora tenha parado de chover agora a gente tá com chuvas fortes previstos para os próximos dias. Então a primeira coisa é manter as medidas de autoproteção”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Regional.
As chuvas castigam o estado desde a segunda-feira (23) e a primeira morte foi registrada na quarta-feira. As buscas foram retomadas neste domingo pelo Corpo de Bombeiros, Exército e moradores da região.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou o envio de quatro “kits desastre”, sendo dois para Pernambuco e dois para Alagoas. Tais kits contam com medicamentos e insumos estratégicos para a assistência farmacêutica, focados nas necessidades dos locais afetados.
Após a coletiva, os ministros da Cidadania, Saúde e Desenvolvimento Regional retornaram para Brasília, mas afirmaram que equipes das pastas ficaram no estado para auxiliar municípios.
Os três disseram ainda que devem retornar a Pernambuco com o presidente Jair Bolsonaro (PL) na segunda-feira (30), que deve fazer anúncios de medidas para os afetados pelas chuvas. Pernambucano, o ministro Carlos Brito permaneceu no estado.