Autoridades ucranianas acusaram a Rússia de sequestrar ao menos 230 mil crianças desde o início da invasão no país, em 24 de fevereiro. Segundo o conselheiro nacional para a Organização das Nações Unidas (ONU), Sergiy Dvornyk, os sequestros foram feitos entre os 1,4 milhão de cidadãos deportados à força para Moscou, cenário considerado como “crime” pelo governo local.
“Não temos dúvidas de que nas estratégias de guerra russas esta crise de refugiados é considerada um dos resultados positivos. Assassinatos, totura e detenção ilegal, deportações forçadas, privação de direitos de propriedade, violações alarmantes dos direitos humanos nos territórios ocupados e ataques à infraestrutura civil estão na lista de crimes cometidos contra civis na Ucrânia”, acusou Dvornyk.
Ele ressaltou ainda que quase 220 mil pessoas perderam as residências e milhões de ucranianos foram forçados a fugir de áreas ocupadas ou atingidas pela guerra. No total, segundo levantamento feito pelo Ministério Público, ao menos 240 crianças foram mortas desde a invasão, sendo a maior parte de notificações nas regiões de Donetsk, Kiev e Kharkiv.
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Os conflitos militares entre os países estão se intensificando a cada dia, enquanto as negociações de cessar-fogo permanecem congeladas. Nesta sexta-feira (27.mai), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que o país precisa encarar a realidade do que está vivendo e dialogar com o líder russo, Vladimir Putin.