O policial militar aposentado, pai do adolescente de 13 anos que matou a tiros a mãe e o irmão mais novo, em Patos, no Sertão da Paraíba, recebeu alta médica e deixou o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande – onde estava internado desde o dia 19 de março – na manhã deste sábado (9).
De acordo com o médico cirurgião Caio Guimarães, o paciente continua sem conseguir movimentar e sentir os membros inferiores. Mas, ainda não é possível dizer se a condição é definitiva.
Ainda segundo o médico, o homem vai precisar passar por um tratamento multidisciplinar com acompanhamento de fisioterapia, enfermagem e neurologia. A evolução do quadro de saúde dele será avaliada a cada mês.
Por enquanto, também não há previsão de cirurgias, a exemplo da retirada da bala que o atingiu.
Já o filho dele está no Centro Especializado de Reabilitação de Sousa, também no Sertão da Paraíba. O pai pediu a desinternação do filho à Justiça, durante uma audiência de instrução, realizada no dia 1º de abril.
Menino confessou que matou mãe e irmão
O adolescente de 13 anos confessou que matou a mãe, de 47 anos, e o irmão mais novo, de 7 anos, além de ter baleado o pai. Ele alegou como motivações ter sido proibido pela família de usar o celular para jogar e para conversar com os amigos, além de ser pressionado por notas boas. A arma utilizada no ato infracional é do pai do menino e era guardada na casa.
Conforme o delegado Renato Leite, responsável pelo caso, é possível fazer uma reconstituição dos fatos. Ele relatou que o policial militar reformado foi à farmácia comprar um remédio para a esposa e, pouco antes de sair de casa, tirou o celular do menino.
Quando o pai retornou da farmácia, já encontrou a esposa morta, baleada quando estava deitada. O adolescente estava com a arma na mão. O pai pediu para ele soltar o revólver. Ao invés disso, o menino atirou nele e o atingiu no tórax
Com o barulho dos tiros, o irmão do suspeito correu para abraçar o pai. Ele acabou sendo baleado pelas costas e morrendo no local. Ainda de acordo com o delegado, o suspeito, depois dos tiros, guardou a arma do pai e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)