A amiga da esposa de Leandro Troesch, encontrado morto em pousada de luxo em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, foi presa nesta quinta-feira (24), na cidade de Aracaju, em Sergipe. Maqueila Santos Bastos é investigada pela morte do empresário. Ela teve a prisão temporária decretada no dia 14 de março.
O empresário Leandro Troesch estava em prisão domiciliar na pousada pelo crime de sequestro e extorsão em 2001. A esposa de Leandro, Shirley da Silva Figueiredo, também estava em prisão domiciliar, pelo mesmo crime.
Leandro foi encontrado morto no mês de fevereiro, em um dos quartos da pousada. Shirley da Silva Figueiredo é investigada porque foi a única pessoa que estava próxima do empresário quando ele morreu e teve prisão decretada no mesmo dia que Maqueila.
Além disso, ela fugiu da pousada durante as investigações. Por conta disso, Shirley passou a ser considerada foragida da Justiça, já que não poderia deixar o local sem se comunicar. Leia mais abaixo detalhes sobre o caso.
Já Maqueila respondia em liberdade a processos por estelionato e fez amizade com Shirley durante a prisão. Ao ser liberada pela Justiça, ela trabalhou na pousada Paraíso Perdido.
A defesa de Maqueila ainda não se posicionou com relação à prisão.
Shirley, viúva de Leandro, está foragida. — Foto: Redes sociais
Cerca de 20 pessoas já foram ouvidas pela polícia. O advogado de Maqueila chegou a dizer, no dia 16 de março, que ela era inocente e iria se apresentar ao delegado que investiga o caso – mas isso ainda não aconteceu.
Além da morte de Leandro, a polícia também investiga se Maqueila teve participação na morte de Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy.
Ele era funcionário de Leandro, e era considerado pela polícia testemunha chave para esclarecer as circunstâncias da morte do empresário.
Um adolescente de 17 anos foi apreendido, também no dia 16 deste mês, pela suspeita de ter participado da morte dele. O jovem negou envolvimento com o crime
Entenda o caso
Amiga da esposa de empresário encontrado morto em pousada de luxo na Bahia é presa em Sergipe — Foto: montagem
Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, foi encontrado morto dentro de um dos quartos do estabelecimento, com marca de tiro na cabeça, em 25 de fevereiro deste ano.
Até o momento, o crime está cercado de mistérios. O empresário já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001. Em 2022, ele estava em prisão domiciliar na pousada.
A viúva, Shirley da Silva Figueiredo, disse à polícia que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro.
Leandro Troesch e Shirley Figueiredo foram presos — Foto: Reprodução/Instagram
Dias depois da morte de Leandro, no início de março, Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, que era o “braço direito” do empresário, foi assassinado a tiros e tinha marca de golpes de faca no corpo. Veja no vídeo acima.
Ele era uma testemunha fundamental na investigação. Marcel, que tinha envolvimento com drogas, foi morto no dia 6 de março, às vésperas de ser ouvido pela polícia, no distrito de Camassandi, que também fica em Jaguaripe.
O homem, que era funcionário de confiança de Leandro, prestou depoimento logo após a morte do empresário, mas seria ouvido, mais uma vez, um dia depois de ser assassinado.
O delegado responsável pelas investigações, Rafael Magalhães, afirmou que o cofre da pousada foi esvaziado e que o local do crime foi alterado, após a morte do empresário Leandro Troesch.
Paraíso Perdido é um local de tranquilidade e pouco conhecido — Foto: Arquivo Pessoal