Para quem tem fibromialgia, os gatilhos do cotidiano, sejam físicos e/ou emocionais, podem desencadear diversos sintomas, interferindo na capacidade de realizar até mesmo tarefas simples. Estima-se que no mundo mais de 150 milhões de pessoas vivem com fibromialgia. No Brasil, conforme estimativas do estudo A prevalência da fibromialgia no Brasil, há quatro milhões de pessoas. Nestes casos, os tratamentos são variados, dentre eles a fisioterapia, considerada muito importante no controle da dor e da fadiga.
Considerada um grave problema de saúde pública, a fibromialgia traz repercussões na vida familiar, social e laboral para quem convive com ela. “Trata-se de uma síndrome musculoesquelética não-inflamatória caracterizada por dor crônica e difusa, sensação de fadiga, sono não reparador, rigidez muscular matinal e alterações de humor, afetando principalmente a qualidade de vida desses indivíduos”, diz a Profa. Dra. Aliceana Menezes, de Fisioterapia do Unipê.
Pessoas com diagnóstico clínico de fibromialgia devem fazer fisioterapia, incluindo outras terapias com acompanhamentos de uma equipe multidisciplinar, haja vista se tratar de uma síndrome. Sendo um dos profissionais dessa equipe, o fisioterapeuta atua objetivando a melhora da dor, da fadiga e da capacidade funcional, além da melhora na qualidade do sono e, consequentemente, na qualidade de vida.
Entre os tipos de tratamentos fisioterapêuticos, estão: a fisioterapia convencional e a hidrocinesioterapia, além de métodos específicos como o pilates e da osteopatia. “A fisioterapia convencional dispõe de vários recursos, dentre eles: a eletroterapia, a termoterapia, a fototerapia, que nestes casos agem na dor e melhora do metabolismo local, minimizando a fadiga muscular”, conta Aliceana.
Já a hidrocinesioterapia associa os benefícios da água com a cinesioterapia, o que promove relaxamento muscular e facilita os movimentos funcionais. “Os métodos específicos possibilitam o ganho de flexibilidade, resistência e força, bem como trabalham a respiração, a concentração, a coordenação e o equilíbrio, tão comprometidos no fibromiálgico”, detalha a fisioterapeuta.
Outros tratamentos
O tratamento deve ser multidisciplinar, segundo a docente, e por isso os pacientes também precisam recorrer a outras maneiras de lidar com a síndrome. “A pessoa com fibromialgia deve ser assistida por uma equipe multidisciplinar, pois trata-se de uma síndrome com envolvimento físico e mental. Outra questão é o compromisso e a participação do fibromiálgico, pois o tratamento realizado de forma correta trará benefícios na qualidade de vida, haja vista que a síndrome não tem cura”, lembra.
Nesse cenário, a atividade ou o exercício físico são uma das formas, sendo considerados muito importantes entre os profissionais de saúde. Atividades aeróbias são importantes: caminhadas, natação e ciclismo vêm se mostrando uma aliada na melhora da qualidade do sono e na sensação de bem-estar. Treinos resistidos de intensidade moderada sob supervisão devem ser incluídos. “Outra opção de tratamento são as práticas integrativas e complementares, como a acupuntura, a homeopatia, a meditação, a musicoterapia, dentre outros”, pontua.