Na imagem, Priscila aparece com um biquíni decotado. Ao enviar a foto, o superior fez elogios. As imagens mostram que Priscila não teria respondido. Cinco minutos depois, o homem pergunta o que deveria fazer para ver os seios de Priscila de perto e, dois minutos mais tarde, pede mais fotos no mesmo estilo.
Em entrevista ao g1, Priscila disse que percebeu que se tratava de uma espécie de jogo sexual e que, em um primeiro momento, acabou participando pois precisava muito do emprego, já que o marido havia morrido recentemente. “Eu estava desesperada. Cedi e tive relações sexuais com ele. A situação era difícil e tenho uma filha para criar”, conta.
A Prefeitura de Pedro de Toledo pediu explicações ao funcionário, que negou os fatos e disse que é vítima de perseguição política. Ele também afirmou que os prints são parciais e colocou seu celular à disposição da polícia. Enquanto as investigações acontecem, a prefeitura decidiu manter o funcionário no trabalho.
Funcionária diz que sofreu violência sexual por parte de diretor de Saúde de Pedro de Toledo, SP — Foto: Arquivo Pessoal
Ainda segundo Priscila, o jogo sexual via WhatsApp acabou indo parar dentro do hospital. Em determinado dia, seu superior a levou a uma sala, tirou a calça e exigiu que ela praticasse sexo oral pois essas “seriam as regras da casa”. Ele disse que sempre que quisesse, faria um sinal com a cabeça e eu iria para a sala”, diz.
A jovem explica que, com a situação se tornando insustentável, passou a negar as tentativas com veemência. “Um dia ele voltou de viagem e me chamou. Eu falei que não iria. Ele voltou e me demitiu na frente de todos os funcionários. Eu já pensava em sair por causa da situação, mas ele passou a prejudicar a minha imagem e disse que minhas roupas eram indecentes”, lamenta.
Após a demissão, a profissional compareceu à delegacia e registrou boletim de ocorrência contra o superior. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Peruíbe, que instaurou inquérito policial para apurar os crimes de violação sexual mediante fraude e assédio sexual. A investigação tramita em segredo de Justiça, por se tratar de crime sexual.