SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — A pequena cidade de Miracema do Tocantins, na região metropolitana de Palmas, em Tocantins, registrou uma sequência de homicídios no último sábado (5) horas após a morte de um policial militar.
O segundo-sargento da PM Anamon Rodrigues de Sousa, 38, participava de uma operação do serviço de inteligência da Polícia Militar na noite de sexta-feira (4), quando, por volta das 21h, foi baleado. O policial, que estava lotado na 6ª Companhia Independente da PM, após passagem pela Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), considerada uma tropa de elite no estado, foi socorrido, mas faleceu.
Pouco tempo após a confirmação da morte de Sousa, em uma suposta troca de tiros com PMs, o homem que seria responsável pelo disparo acabou morto.
Com a justificativa de prestarem esclarecimentos, o pai e o irmão do homem morto no suposto confronto foram conduzidos até uma delegacia. No local, após serem ouvidos, eles foram surpreendidos por cerca de 15 homens encapuzados e armados, que renderam policiais de plantão e atiraram contra os dois homens. Eles também não resistiram aos ferimentos.
Além dos três familiares, outras três pessoas morreram em circunstâncias que ainda são investigadas, mas que estariam ligadas diretamente à morte do sargento Anamon Rodrigues de Sousa. Os nomes das vítimas não foram divulgados.
À reportagem, o delegado-geral da Polícia Civil do Tocantins, Claudemir Luiz Ferreira, disse não descartar nenhuma linha de investigação, no que classificou como um crime complexo.
“Esse tipo de ação não é comum no nosso estado e em nenhum lugar do país”, afirmou Ferreira. “Em função da gravidade dos fatos, nós determinamos a criação de uma força-tarefa para a investigação desses crimes, inclusive o crime ocorrido dentro da delegacia, para que a gente possa apurar e identificar os autores.”