RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu transformar o quiosque onde o congolês Moïse Kabagambe, 24, foi morto num memorial em homenagem à cultura africana.
O projeto, divulgado neste sábado (5) em parceria com a concessionária Orla Rio, prevê que um dos dois espaços seja administrado pela família do congolês. Em ambos, a intenção é que refugiados africanos trabalhem, transformando o local num ponto de referência da cultura do continente.
Moïse foi morto a pauladas na noite do dia 24 de janeiro no quiosque Tropicália. Três homens foram presos sob suspeita do crime, um deles era funcionário do quiosque Biruta, colado ao local do crime e também incluído no projeto da prefeitura.
O projeto divulgado pela prefeitura prevê também a instalação de um painel entre os quiosques com a foto do congolês morto.
“O que aconteceu foi algo brutal, inaceitável e que não é da natureza do Rio. É nosso dever ser uma cidade antirracista, acolhedora e comprometida com a justiça social. A transformação do local busca ser uma reparação à família, uma oportunidade de inserção socioeconômica de refugiados, além de um ponto de transmissão da cultura africana”, afirmou o secretário municipal de Fazenda, Pedro Paulo.
Segundo a prefeitura, o novo desenho e a montagem do memorial serão feitos por profissionais negros Sesc e Senac, diz o município, vão oferecer capacitação dos trabalhadores dos quiosques para atuar no setor de alimentação. O espaço também poderá ser utilizado para exposição de arte e apresentações musicais típicas, além da realização de feiras de artesanato.